Rodovias do RS tiveram quase 14 mil mortes em 12 anos
De 2007 até 2018, 13.924 pessoas morreram em rodovias estaduais e federais no Rio Grande do Sul
Levantamento do jornal Zero Hora apontou que de 2007 até 2018, 13.924 pessoas morreram em rodovias estaduais e federais no Rio Grande do Sul. Neste perído, foram registradas 895 mortes na BR-290, a terceira rodovia mais mortal do estado gaúcho. As duas primeiras estradas no ranking foram a BR-386 (1.087 mortes) e a BR-116 (1.273 mortes).
Em 2018, entretanto, a BR-290 registrou 70 óbitos em acidentes, número que colocou a rodovia na segunda posição de mortalidade, atrás apenas da BR-386, que teve 89 mortes. O Detran ainda não possui o balanço parcial deste ano. Segundo especialistas no assunto, fatores como má conservação e falta de policiamento influenciam na somatória. Ainda é possível citar, no caso da BR-290, o fato de a rodovia ter pista simples, normalmente com má conservação, o que agrava o risco de acidentes, em casos de imprudência.
Duplicação
A estrada tem 726 quilômetros que ligam o Litoral à Uruguaiana, onde se encontra o maior porto seco da América Latina. Estudos indicam a saturação do trânsito especialmente a partir de 2010. Na volta do feriadão de páscoa, por exemplo, condutores enfrentaram 60 quilômetros de congestionamento, principalmente entre Arroio dos Ratos e Eldorado do Sul.
As obras de duplicação de 115,7 quilômetros da rodovia, entre Eldorado do Sul e Pantano Grande, iniciaram há mais de quatro anos. O percentual de conclusão, no entanto, está apenas em 15%. Segundo o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Delmar Pellegrini Filho, a expectativa é que o departamento tenha, em 2020, recursos suficientes para poder desenvolver os trabalhos necessários para a duplicação. A obra é orçada em R$ 700 milhões.