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Camaquense pretende doar o próprio corpo após a morte

Renilda Konflanz, de 63 anos, registrou no tabelionato da cidade a vontade em disponibilizar o corpo para estudos científicos


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 06/04/2015 Atualizado 26/01/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00

“Cuida de mim enquanto eu estiver aqui. Viva!”. Foi com essa frase que a funcionária pública da Prefeitura de Camaquã, Renilda Konflanz, de 63 anos, respondeu a pergunta feita pelo jornalista Eduardo Costa do Portal Clic Camaquã sobre a vontade dela em doar o próprio corpo após a morte.  “Pensei em ser cremada, mas o valor é muito alto. Quando pesquisei era em torno de 20 mil reais. Resolvi que vou doar o corpo”, afirmou decidida a auxiliar de almoxarifado.

ASSISTA A ENTREVISTA COM RENILDA KONFLANZ:


Tão decidida que no dia 22 de outubro de 2012 foi até o tabelião da cidade, Ney Paulo Silveira de Azambuja, para oficializar a vontade. No documento, Renilda declara a vontade em disponibilizar gratuitamente o próprio corpo para fins científicos, sendo doado para uma universidade ou hospital escola. Outra vontade póstuma registrada por ela é que não haja velório tampouco caixão, disponibilizando imediatamente o corpo para doação. “Gosto de receber flores e quem quiser mandar, pode mandar agora que estou viva. Não quero que mandem flores no dia da minha morte pois eu não vou estar ali para ver. Não quero enterro. Não gosto de ir em enterro por isso não quero que ninguém vá no meu, pois não vai ter”. Renilda pede no documento que as pessoas que queiram fazer alguma homenagem para ela, que rezem em favor de sua alma, com o que ficará imensamente grata, pois essa é sua última vontade.

Renilda Konflanz trabalha na Prefeitura Municipal de Camaquã (foto: Eduardo Costa/Clic Camaquã)

A escritura pública declaratória de doação de corpo para pesquisa científica, registrada no Tabelionato de Notas de Camaquã com o número 11.071, teve que ser assinada por uma testemunha. Para isso, ela teve que convencer o irmão, Sadi Konflanz, de 50 anos a assinar o documento. “Ele me chamou de louca, mas assinou após 3 dias de conversa”. Renilda mora com a mãe de 86 anos. Ela tem mais três irmãs, é solteira, mãe de Mateus Konflanz Cardoso, de 30 anos e tem uma neta de 10 anos que não convive com ela. “ No começo eles não aceitaram a ideia da doação do corpo. Mas hoje já entenderam que é uma vontade minha”.

Questionada sobre o porquê de não querer uma cerimônia tradicional com velório e sepultamento, Renilda apenas lembrou do sofrimento que passou durante a morte do pai, Francisco Konflanz, que faleceu em 2012 aos 86 anos, vítima de problemas respiratórios. “Foi muito triste, muito deprimente. Desde então, não vou mais a velório e enterro. Não quero que todos fiquem chorando a minha partida. Não quero que me vejam morta. Quero que todos lembrem de mim viva, e das coisas boas que fiz em vida”.

Perguntada sobre a sua saúde, ela afirma que está bem. Realiza caminhadas diárias mas desabafou que sofre de depressão a anos. “Deixei passar muitas oportunidades na minha vida. Relembro essas situações que me deixaram e ainda me deixam triste e, sozinha, choro muito, pensando como seria diferente se eu tivesse tomado alguma atitude”. Com relação a alimentação, Renilda tem uma dieta estranha. Há mais de quatro anos ela come diariamente apenas pão e arroz e bebe pouca ou quase nada de água e muito café e refrigerante. Sobre a sua religião, ela afirma que foi batizada na Igreja Batista, mas que não frequenta os cultos.

“Se tu põe um corpo de baixo da terra, não tem utilidade nenhuma. Se tu pode fazer um bem pra ciência, por que não fazer”, explica Renilda.


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