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Lei de 1956 conflita com crença popular sobre a sinaleira histórica do Centro de Camaquã

De acordo com a crença popular, o equipamento foi doado pelo Governo Francês em 1953; Lei de 10 de setembro de 1956 traz uma versão diferente; entenda


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 22/07/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Se você é camaquense, com certeza conhece e já ouviu alguma história envolvendo a sinaleira da esquina democrática. Localizada no coração da cidade, no cruzamento das avenidas Presidente Vargas e Olavo Moraes, há época de sua instalação, estava localizada no cruzamento das avenidas Benjamin Constant e Olavo Moraes. Mas não, ela nunca mudou de local.

A avenida Benjamin Constant foi renomeada avenida Getúlio Vargas e posteriormente, após o loteamento e criação do bairro Getúlio Vargas, passou a ser chamada avenida Presidente Vargas. Lá, ela reside até hoje e de equipamento, se tornou um ponto de referência e um monumento histórico.

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Recentemente, no dia 22 de dezembro de 2019,  a mesma foi uma das protagonistas de um acidente que deixou três pessoas gravemente feridas. Muitas pessoas acreditavam, inclusive, de que a mesma não voltaria para seu devido local. Com a colisão, a mesma foi completamente destruída e precisou ser refeita. Mas, cada parte em seu lugar. Primeiro, vamos te contar um pouco da história da sinaleira.

A história da sinaleira

Nenhuma descrição de foto disponível.

A esquina democrática ainda sem a sinaleira, em 1952. Foto: Fotos Antigas, Memorável- Camaquã / Divulgação

Muito do que se sabe sobre a história real da sinaleira é baseado na crença popular de que a mesma foi “doada pelo Governo Francês em 1953, como presente pela hospitalidade de Camaquã ao receber tão bem os imigrantes que de lá vieram”. A frase entre aspas está disponível no site da Prefeitura de Camaquã e no site especializado TripAdvisor e é a mais popular história relacionada ao monumento.

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Ainda sim, não há qualquer prova documental de que a mesma tenha sido doada. E, inclusive, os documentos oficiais que falam sobre a famosa sinaleira dão margem para uma tese completamente diferente da história conhecida e reproduzida. Antes de abordá-la, trazemos a Lei na íntegra:

“SYLVIO LUIZ PEREIRA DA SILVA, Prefeito Municipal de Camaquã, Estado do Rio Grande do Sul,

FAÇO SABER, em cumprimento do disposto no inciso II do art. 50 da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal pela Resolução nº 15, de 10 de setembro de 1956, decretou e, Eu, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º É aberto um crédito especial de Cr$ 25.000,00 (vinte e cinco mil cruzeiros) destinado ao pagamento de aquisição OU TRASLADO DE RIO GRANDE de uma sinaleira automática e sua instalação feita no cruzamento das Avenidas Benjamin Constant e Olavo Moraes pela Delegacia de Trânsito do Estado. (Lei nº 81, de 23 de julho de 1956 dá nova denominação à Av. Benjamin Constant, que passa a denominar-se Av. Getúlio Vargas)

Art. 2º Servirá de recurso para cobertura do crédito aberto no art. 1º, as reduções em igual quantia, nas dotações da rubrica a) Prêmios de Seguros e Indenizações por Acidentes; e, b) Prêmios de Seguros e Indenizações contra fogo, do código geral 8.94.4, do orçamento em curso.

Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE CAMAQUÃ, 11 de setembro de 1956.”

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Ao contrário da crença popular, o documento que faz parte do acervo digitalizado da Câmara Municipal de Vereadores aponta que a mesma foi adquirida por vinte e cinco mil cruzeiros no ano de 1956. A reportagem entrou em contato com Catullo Fernandes, historiador e membro do Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã para saber um pouco mais sobre a real origem da estrutura. Segundo ele, existem duas teses mais prováveis sobre a forma com a qual a mesma chegou à cidade.

O documento em questão veio à tona recentemente e tem sido objeto de estudos do historiador. Segundo Fernandes, o Coronel Sylvio Luiz era um entusiasta dos jogos de azar e passava parte do seu tempo em Porto Alegre. Na época da instalação, o mesmo era um dos únicos cidadãos que possuía veículo automotor, o qual utilizava para se deslocar até a capital gaúcha.

Certa feita, lhe foi oferecido o equipamento francês. O prefeito, no entanto, teria que arcar com o os vinte e cinco mil cruzeiros para adquirir e realizar o translado do mesmo. E assim o fez. A Resolução nº 15, de 10 de setembro de 1956 sancionou e promulgou a Lei que abria crédito especial para adquirir a sinaleira francesa, instalada algumas semanas após o fato documentado. Segundo o coronel, ela foi colocada no cruzamento em questão “para mostrar o desejo incontido de crescimento dos camaquenses”.

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Ainda de acordo com o historiador, a história da doação feita pelo governo francês foi um boato espalhado na época, provavelmente pelos correligionários de Sylvio Luiz, na intenção de transformar a aquisição em algo grandioso. Ele ainda afirmou que a data de 1953 foi amplamente reproduzida por estar rabiscada no canto de uma foto. A data, no entanto, não é embasada em qualquer documento oficial, como já citado acima.

No portal da Prefeitura Municipal de Camaquã consta a informação de que a tradicional sinaleira foi doada como recompensa pelo acolhimento dos imigrantes francesas. A doação em questão teria ocorrido no ano de 1953. Segundo a mesma fonte, a sinaleira é a única no Brasil e a quarta em funcionamento no mundo. Além do documento acima ir contra a versão que era tida como oficial, há registro de diversas outras sinaleiras semelhantes pelo mundo. E a maioria delas, inclusive, utilizadas para o trânsito de pedestres, e não de veículos. 

O acidente 

No começo da madrugada de domingo, 22 de dezembro de 2019, um acidente de trânsito resultou na destruição parcial do monumento, deixando três feridos. Um veículo colidiu contra a sinaleira, deixando a mesma em pedaços. No veículo foram encontradas seis latas de cerveja, sendo cinco latas cheias e uma vazia mais um cooler. O registro feito no último plantão policial ainda aponta que envolvidos não utilizavam o cinto de segurança. 

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 A colisão ocorreu por volta das 2:40, envolvendo um automóvel Fiat Stylo de cor branca. Os Bombeiros precisaram utilizar equipamentos de corte de metal para retirar o homem, que ficou preso nas ferragens. A lateral e parte do painel do veículo precisaram ser removidos para que o homem fosse retirado e atendido pela SAMU. 

As obras e o desdobramento

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Pedaços foram restaurados, repintados e remontados pela Ferraria do Colono. Foto: Ferraria do Colono / Divulgação

Após ser destruída em um acidente no dia 22 de dezembro de 2019, foi iniciada a reconstrução da mesma. Felizmente, não houveram óbitos, restando apenas danos materiais ao objeto histórico e já “folclórico” em Camaquã.

Após o acidente, muito se cogitou sobre as possibilidades acerca do “objeto”. Dentre os camaquenses, duas linhas de pensamento dominaram as discussões nas redes sociais: a restauração e reinstalação da sinaleira no mesmo local e a remoção da mesma, em definitivo, para um local onde não tivesse uma função no trânsito mas sim, restando apenas como um monumento.

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A remoção foi defendida por, em sua grande maioria, aqueles que temem por novos acidentes. Os contrários à remoção argumentar que é necessário ter mais prudência no volante. Estes, por sua vez, defendem que a sinaleira no local de costume já é o principal símbolo da cidade, dando identidade ao Centro de Camaquã.  

Sem custos aos cofres públicos

Sinaleira foi repintada, bem como sua base. Foto: Elias Bielaski / Clic Camaquã

No dia 6 de janeiro, a reportagem do Clic Camaquã obteve com exclusividade a informação de que o conserto da sinaleira da esquina democrática, destruída em um acidente no dia 22 de dezembro de 2019, seria quitado sem custos aos cofres públicos. No dia 26 de dezembro, a Prefeitura Municipal de Camaquã já havia sinalizado a possibilidade. Segundo o órgão, o objetivo é restaurar e reinstalar a sinaleira. Logo em seguida, foi iniciada uma pesquisa de mercado para conseguir o melhor custo-benefício e após o serviço, o equipamento será recolocado no mesmo local.

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O comerciante Rubin Klug, pai do condutor do veículo que colidiu contra a tradicional sinaleira, participou de uma reunião com o prefeito Ivo de Lima Ferreira e o vice-prefeito, Jair Martins. Também estiveram presentes o secretário especial de Governo, Rafael de Moura e o diretor de trânsito, Carlos Guaspari. No encontro, Klug se colocou à disposição para arcar com os custos da restauração da sinaleira. “Não vamos fugir de nossa responsabilidade”, disse Rubin Klug. Nesta semana, o acordo foi cumprido e o conserto, que já está sendo realizado, foi quitado.

Segundo Klug, o filho estava no veículo com a namorada e uma amiga do casal. Eles retornavam de uma confraternização de final de ano do trabalho da namorada de Rafael. Ainda conforme Rubin Klug, o filho teria dormido ao volante, o que acabou causando a colisão.  

Reinstalação da estrutura

Trabalhadores da Ferraria do Colono reinstalaram o monumento. Foto: Eduardo Costa / Clic Camaquã

Na manhã do dia 27 de fevereiro, pouco mais de dois meses após o acidente, a Sinaleira histórica da “Esquina Democrática”, localizada no cruzamento das Avenidas Olavo Moraes e Presidente Vargas, foi reinstalada em seu lugar de origem. A mesma foi recolocada pela Divisão de Trânsito da Prefeitura Municipal de Camaquã, que trouxe detalhes sobre o novo projeto.

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Durante a tarde, os servidores fizeram a pintura de sinalização na base da estrutura, que também recebeu reparos significativos. Após a reinstalção, a estrutura ainda recebeu uma camada de microesferas, um material refletivo para que a mesma tenha melhor visibilidade durante a noite.

Clique no link e confira a galeria de fotos: https://bit.ly/388yqHL


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