Influenza H3N2: Pesquisador fala sobre novo vírus que circula pelo país
Na última semana, Rio Grande do Sul confirmou primeiro óbito por Influenza H3N2 em 2021
O aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no último trimestre deste ano tem atraído atenção para uma velha conhecida da humanidade. A gripe, como é chamada popularmente, tem gerado surtos regionais pelo país impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo A(H3N2), batizada de Darwin.
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A primeira identificação da nova cepa no país foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com Fernando Motta, pesquisador do IOC/Fiocruz, o grande número de pessoas infectadas com o vírus da gripe também é resultado da combinação de uma circulação reduzida do vírus influenza em 2020 com a baixa adesão à campanha de vacinação desse ano.
O pesquisador lembra que os cuidados para evitar o contágio e a transmissão da gripe são os mesmos que a população têm usado para frear a transmissão da Covid-19.
“Distanciamento social, evitar aglomerações, uso de máscaras, higiene constante das mãos e etiqueta respiratória. São medidas que vimos que ao longo do ano passado e que provavelmente fizeram com que várias viroses respiratórias desaparecessem de circulação. E, com certeza, mitigaram a transmissão do coronavírus”, afirmou.
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Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves.
O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2).
Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata. Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadigas.
A cepa Darwin (recém-descoberta na Austrália) faz parte do tipo A (H3N2).
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Nos últimos meses, ela contribuiu para um aumento de casos de gripe em um período atípico no Brasil – que, assim como os países do hemisfério sul, possui uma circulação maior do vírus influenza no inverno (entre julho e setembro).
Confira o informativo divulgado pelo Instituto Oswaldo Cruz:
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A Secretaria de Saúde (SES) confirmou na última quarta-feira (22/12) o primeiro óbito do ano por gripe Influenza do tipo A-H3N2.
Trata-se de uma mulher de 67 anos, residente de São Francisco de Paula, que não recebeu medicação antiviral e apresentava doenças crônicas.
Ao todo, o Estado já identificou 24 casos, sendo oito hospitalizações, incluindo o óbito, entre eles.
Não houve ainda a detecção no RS de outras formas do vírus Influenza (A-H1N1 e B).
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