Felipão aposta na versatilidade dos convocados para contar com várias opções na Copa
Brasil contará com elenco recheado de jogadores versáteis, atuantes em mais de uma posição
Na lista de convocados da seleção brasileira para a Copa do Mundo, 23 jogadores presentes nominalmente. Porém, quando se trata de funções em campo, podemos dizer que se trata de um grupo composto por pelo menos 50.
Para a disputa do Mundial no Brasil, a Canarinho contará com elenco recheado de jogadores versáteis, atuantes em mais de uma posição, o que ampliará as possibilidades táticas do técnico Felipão. E, consequentemente, melhorará as chances do time ao encontrar adversidades.
O atual grupo de Scolari conta com muitos jogadores de qualidade para o meio-campo. Volantes de saída, meias avançados e atacantes participativos na marcação. Por isso, o treinador optou, nesta nova passagem pela seleção, pelos esquemas 4-2-3-1 e 4-3-3.
Paulinho, por exemplo, é volante habilitado a ocupar o meio-campo/ataque, e Neymar circula com liberdade por meio-campo, lado esquerdo e centro.
Nestes padrões táticos citados, é posta no jogo uma equipe concentrada na ocupação de espaços, defensivamente e ofensivamente. Dois volantes para conter e avançar, meias e atacantes para articular os golpes à meta adversária. As “paredes” de jogadores na meia e defesa não se configuram como retranca, mas sim num domínio de posse e pressão.
RECICLAGEM
A seleção brasileira assumiu diversos traços estilísticos em sua história. Já foi encantadora com o toque de bola, burocrática de irritar o defensor da arte no futebol e até camaleônica ao longo de 90 minutos. E isso é cíclico. Para constatar o fato, basta observar as seleções pentacampeã (2002), do técnico Dunga (2010) e a atual de Felipão (2014).
Em 2002, a necessidade de apostar nos talentos individuais à frente sem sofrer gols exigiu o 3-5-2. Na Coreia do Sul e no Japão, Cafu levantou a taça graças a um Brasil de contra-ataques poderosos, armado com Ronaldo e Rivaldo na linha de frente. Com o ex-capitão do tetra no comando, o Brasil jogou a Copa de 2010 formatado num 4-2-3-1.
Contudo, diferente do aplicado hoje. Há quatro anos, peças envelhecidas e outras abaixo tecnicamente acusaram falhas. Hoje, há um grupo jovem e habilidoso para dar forma mais concisa ao esquema. Reciclá-lo.