Alta carga tributária alavanca contrabando de cigarros no Brasil
Pesquisa usou como critério a análise do IPI e Icms de 56 diferentes segmentos brasileiros
O tabaco é o setor mais exposto à carga tributária no País, segundo o estudo Perfil da Competitividade Brasileira, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os impostos na cadeia produtiva representam 65% do valor do produto final, percentual que pode variar de acordo com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vigente.
A pesquisa usou como critério a análise do IPI e Icms de 56 diferentes segmentos brasileiros, e concluiu que o tabaco lidera o ranking com um indicador de 0,73 (em uma escala que poderia variar de 0 a 1,2), enquanto a maioria dos setores analisados não passaram dos 0,34.
De acordo com o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke, a alta carga tributária contribui para o aumento significativo do consumo de cigarros contrabandeados, principalmente oriundos do Paraguai. No país vizinho, a carga tributária dos cigarros não chega a 13%.
“O contrabando já corresponde a 31% do mercado brasileiro, ou seja, um a cada três cigarros consumidos no País é ilegal, um prejuízo de R$ 4,5 bilhões aos cofres públicos. Isso afeta não apenas a indústria, mas a cadeia produtiva como um todo, que perde empregos, renda e divisas”, afirma o executivo.
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