Do campeonato para a eleição
Terminada a Copa Mundial de Futebol, sem dúvidas o maior acontecimento esportivo atual. Vitória, pela 2ª vez, da França. Eu torci, no final, pela Croácia, em razão da “garra” do time e do País. Pequeno, com pouco mais da população do que se chama a “grande Porto Alegre”. Ou seja, a Capital e as cidades da volta: de São Leopoldo até Guaíba, incluindo Canoas, Esteio, Sapucaia, Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, etc.
Bem, terminado o campeonato vamos ao rumo das eleições marcadas para 07 e 28 de outubro. Para troca de Presidente, Governadores, Senadores e Deputados. Não é possível se prever o resultado. Não se descarta que a nação enojada com os rumos da política brasileira dos últimos quinze anos, e com o lamaçal deixado pela corrupção institucionalizada e com a demora na punição da “grande quantidade de políticos corruptos” que extorquiram o erário nacional, estaduais e até municipais, acabe protestando em massa com o voto em branco.
Aí sim, vamos ter um vácuo político de difícil solução. Sim, porquanto excluir o voto em branco, caso esse seja maior do que os votos outorgados para candidatos, não legitimará possíveis eleitos.
E o que é pior, iniciando-se a partir de 25 deste mês os prazos para registro de candidaturas, ainda poderá haver muito “pano para manga”. Pois a despeito de condenações, como a do ex-presidente e comandante nacional da espoliação do erário, que agora está preso em Curitiba, não se descarta a tentativa de quererem (leia-se PT) lançá-lo na disputa.
Aliás, a prepotente, agressiva e irresponsável Presidente nacional do PT, Senadora Gleisi Hoffmann alardeia por aí que Lula será candidato. Eu espero que o TSE não lhe conceda registro de candidatura face a Lei da Ficha Limpa, o que Lula não tem.
Independentemente da palhaça petista que insiste em fazer um presidiário de candidato, não se pode esquecer que alguns Ministros do STF concederam liberdade até mesmo para José Dirceu, o grande mentor da institucionalização do saque às empresas estatais desde 2003. Sim, porque embora o ex-presidente fosse quem permitiu essa panacéia com a coisa pública, a montagem do esquema veio do seu ex-chefe da Casa Civil.
Desta forma, ingressa-se em uma campanha de pouco tempo, com candidaturas que não empolgam, com dúvidas sobre as instituições brasileiras, e com preocupação sobre o futuro do Brasil. O que a nação brasileira quer para o País pode bem ser apreciado no incentivo da Rede Globo em ouvir os eleitores. A esperança do povo é grande. Mas o desânimo também, como se observa nos jornais globais. Não é verdade?