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Clubhouse, a rede social de áudio que abre espaço para debates e polêmicas

Criado pelo engenheiro Rohan Seth e o empresário Paul Davidson no início de 2020, o Clubhouse se tornou assunto no Brasil no início deste ano


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 01/03/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Quando surgiu em 2004, o Orkut revolucionou a maneira como nos comunicamos. De lá para cá muitas outras redes sociais foram criadas, tendo em vista públicos diversos, mas uma questão em comum: a comunicação. E quando tudo parecia esgotado em termo de rede social, mais uma foi lançada, dessa vez voltada para áudios.

Criado pelo engenheiro Rohan Seth e o empresário Paul Davidson no início de 2020, o Clubhouse se tornou assunto no Brasil no início deste ano. Assim como o Orkut em seu lançamento, para criar um perfil e acessar suas salas é necessário ter um convite.

Após criar um perfil, qualquer usuário pode criar sua própria sala onde pode limitar ou não a quantidade de speakers durante o bate papo. Os ambientes podem comportar até 5 mil pessoas e as conversas são acessadas apenas ao vivo, não sendo possível acompanha-las após o encerramento.

Conversa com personalidades e salas diversificadas

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Zuckerberg deu uma espiadinha na rede social. Imagem: Reprodução

O que vem chamando a atenção desde seu lançamento no início de 2020 é a participação de famosos como Elon Musk, empresário e fundador da SpaceX, a apresentadora Oprah Winfrey e o rapper Drake. No Brasil, o apresentador Luciano Huck, o youtuber Pyong Lee participaram de algumas salas temáticas e puderam trocar conhecimento com outros usuários. Todos falaram positivamente sobre a plataforma.

Seguindo perfis e grupos, o usuário pode acompanhar assuntos e saber quais salas estão acontecendo naquele momento e ser avisado sobre salas programadas. Assim, é possível adentrar em bate papos sobre assuntos diversos como educação, política, finanças, entretenimento e esportes.

Com isso, a plataforma promete ser um espaço para o aprendizado para os amantes dos esportes. Já é possível encontrar, por exemplo, salas de poker onde jogadores profissionais podem falar a respeito do jogo, enquanto outros usuários aprenderem noções básicas ou recebem dicas para gerenciar seu bankroll. Nesse ambiente é possível também realizar uma troca de experiências e abrir espaço para discussões breves sobre o tema.

Outro conteúdo que tem sido bastante divulgado é a mídia social e marketing. Um dos grandes nomes da área, a empresária e influenciadora Bianca Andrade, falou em uma das salas sobre sua atividade como empresária, dando dicas e respondendo a várias questões de seus seguidores. Em um bate papo informal, “Boca Rosa” também falou sobre o impulsionamento de sua carreira após a participação no reality Big Brother Brasil em 2020.

Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, também abriu uma sala onde tratou de um assunto que ele domina bastante: a realidade aumentada.

 

Polêmicas

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Rede social está disponível apenas para Iphone. Imagem: Reprodução

O Clubhouse é uma rede que vem agradando a grande parte de seus usuários. Mas nem por isso está distante das polêmicas. E a primeira diz respeito ao que muitos consideram de caráter exclusivo: lançada apenas para usuários de iOS, exclui sua plataforma para os demais seguidores.

Isto é bem problemático sobretudo sobre o ponto de vista social, já que 9 a cada 10 usuários usam Android no Brasil e não tem possibilidade de adquirir um Iphone. Ou seja, a plataforma não foi criada tendo em vista o público brasileiro.

Aumentando ainda mais o caráter de exclusão, o Clubhouse disponibiliza convites limitados (dois por inscrito). Com isso, não é incomum encontrar em diversos países um comércio de venda de convites para a plataforma.

Outra dificuldade encontrada é com relação a exclusão por deficiência. Por ser uma rede apenas de áudio e sem possibilidade de textos ou legendas, impossibilita a presença de pessoas surdas nas conversas. Enquanto as dificuldades acima podem ser revertidas, esta última é uma das mais difíceis de lidar, tendo em vista a proposta da plataforma.

Apesar desses fatos apontados, o Clubhouse segue bastante populares em vários países. Atualmente a rede conta com mais de 8 milhões de usuários. Lembrando que a plataforma ainda está em fase de testes.

 

Outras alternativas

Por enquanto não existem datas sobre lançamento para outros sistemas operacionais. Estes usuários podem acessar outras alternativas como o Telegram. O aplicativo concorrente do WhatsApp permite a abertura de grupos e chats de voz e podem aceitar até 200 mil pessoas.

Outro a trazer uma proposta similar é o Discord, bastante utilizado por gamers e disponível para vários sistemas. Lançado em 2016, o aplicativo é multiplataforma e é utilizado, sobretudo, por jogadores que se comunicam enquanto jogam. O Discord também pode ser aberto pelo navegador, o que facilita ainda mais seu acesso.

Além dessas alternativas, gigantes como Twitter e facebook já estão trabalhando em programas similares. Kayvon Beykpour, do Twitter, já confirmou que estão avançando nos testes do Twitter Spaces. Por enquanto, esta alternativa vem sendo testada por convidados que podem acessar salas com até 1000 pessoas e que funciona de maneira bastante similar ao Clubhouse. Seguindo o mesmo caminho, o Twitter Spaces também estará disponível de início apenas para usuários de iOS.


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