Psicóloga diz que a autoestima gera um bem-estar momentâneo e o amor próprio é uma base interna
Paola Lucena participou do Elas por Elas e abordou sobre ressignificar o conceito de autoestima, que é baseado na comparabilidade e na substituir o conceito de autoestima pelo amor próprio
O programa Elas por Elas desta semana, recebeu a psicóloga Paola Lucena. Ela abordou sobre a importância em ajudar as mulheres e a sociedade a ressignificar o conceito de autoestima, que é baseado na comparabilidade, o que não me permite uma base estável. Além de que atualmente a ciência psicológica está em um movimento de substituir o conceito de autoestima pelo autoamor.
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Dentro da ciência psicológica, os pesquisadores repararam que a autoestima é ligada a um bem-estar emocional maior e uma maior qualidade de vida. Mas com o aprofundar dos estudos e a compreensão da forma em que se poderia usar para promover a saúde mental, não só nas mulheres, mas em geral, existe uma corrente muito forte em não estimular tanto o aumento da autoestima e sim o aumento o amor próprio.
“A autoestima é um pouco problemática no que diz respeito a tu promover ela. Por que ela é muito baseada em uma comparabilidade. Um exemplo: fizemos um concurso, meus quatro amigos passaram e eu nem sequer fiquei classificado. Como que vai ficar minua auto estima? Baixa!”, explicou.
Paola destacou ainda que a autoestima não pode ser vista como um recurso psicológico desejável, como algo que se quer promover. “No momento em que a gente mais precisa se sentir bem ou ter um recurso para lidar com uma dificuldade, ela nos abandona. Quando as coisas não vão bem, eu tenho uma tendência a ter uma autoestima baixa, porque minua auto exigência vai dizer que eu deveria ter me esforçado mais”, disse.
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Já o amor próprio é diferente. Quando as coisas ocorrem mal é quando o auto amor está disponível. “Ele é uma base interna, que se eu alimentar e desenvolver ela, ela vai estar presente em qualquer momento, inclusive nos piores. E, são nesses momentos, que eu preciso dela. Porque é ela que vai me ajudar a combater os efeitos nocivos e os malefícios da minha autocrítica”, destacou.
“Estamos em um movimento de esclarecer a população sobre isso. Não é que a autoestima vai deixar de existir. Ela existe, quando as coisas correm bem para mim e que fui super bem, minha autoestima vai lá em cima, pois me gera uma alegria, motivação, uma explosão de adrenalina. Claro que vai me promover um bem-estar, mas é momentâneo…”
Assista a entrevista completa:
