Camaquense realiza pesquisa clínica em pacientes com esquizofrenia
Pesquisa é conduzida por Michele Szortyka, Fisioterapeuta, Mestre e Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento (UFRGS)
A Fisioterapeuta, Mestre e Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento (UFRGS), Michele Szortyka, realizou na cidade de Camaquã uma pesquisa clínica em pacientes com diagnóstico de esquizofrenia que estavam em tratamento clínico no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). A esquizofrenia é um transtorno mental grave, incapacitante e economicamente catastrófico, podendo apresentar uma redução na expectativa de vida de aproximadamente 10-20 anos em comparação da população em geral, a causa dessa redução se deve a doenças físicas potencialmente preveníeis e evitáveis, sendo o comportamento sedentário um de seus maiores vilões.
Foram convidados a participar da pesquisa 24 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, no qual realizaram avaliações pré e pós ao tratamento fisioterapêutico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O tratamento teve duração de três meses e consistiu na realização de atividade física em Camaquã.
Após foram recrutados 24 pacientes similares aos casos, porém sem a doença psiquiatria, portanto concluímos a pesquisa com 48 camaquenses se beneficiando do tratamento. Obtivemos resultados favoráveis como, por exemplo, à melhora na qualidade de vida e na sintomatologia da doença, diminuição de peso corpóreo, da pressão arterial e uma mudança no perfil sedentário destes pacientes, esses resultados já foram publicados em revista de grande impacto internacionalmente.
O efeito positivo da pesquisa na vida desses pacientes é de grande valia, seja pela melhora no funcionamento global do paciente (gerando uma maior autonomia) como a reintegração dele na sociedade como no relato de um familiar “meu filho ganhou de novo o gosto pelo trabalho na lavoura”.
A pesquisa foi orientada pelo psiquiatra e professor Paulo Belmonte de Abreu e contou com apoio financeiro do Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) e pelo Fundo de Incentivo à Pesquisa e Eventos-HCPA (FIPE).
“Poder realizar uma pesquisa clínica em Camaquã foi muito gratificante como pesquisadora, podendo contribuir e retribuir a sociedade com o meu trabalho, principalmente para uma população tão vulnerável e com deficiência em tratamentos adjuntos, sempre visando melhorar a saúde do cérebro, a saúde física, a qualidade de vida e o bem-estar geral das pessoas com o diagnóstico de esquizofrenia”.