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“Ele dizia que tinha uma cruz no meio das minhas pernas”, conta vítima de pastor em Camaquã

Mulher grávida de 7 meses foi uma das vítimas assediadas sexualmente pelo pastor, que foi preso nesta semana


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 13/08/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Nesta semana, veio a público um caso que chocou a comunidade camaquense. O pastor de uma igreja evangélica foi preso preventivamente, acusado de abusar sexualmente de fiéis da igreja a qual ele coordenava. A Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Camaquã, deflagrou a operação “Cordeiro de Deus” na manhã desta quinta-feira (12), resultando na prisão preventiva do pastor.

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Segundo relatos das inúmeras vítimas, o pastor as convidava para uma “campanha de oração” em uma sala reservada, local onde abusava sexualmente delas.

A primeira denúncia, realizada por uma jovem de 25 anos que estava grávida, aconteceu no mês de julho. Ela contou que alguns dias depois de ser abusada, ela deixou a igreja. Com isso, outras fiéis a procuraram e relataram ter sofrido abusos semelhantes por parte do pastor. 

Para a reportagem do Clic Camaquã, a vítima relatou grande dificuldade para ter noção do que havia ocorrido, já que tinha uma confiança muito grande no pastor. “Até aquele dia, ele tinha sido uma pessoa muito boa para mim e meu marido”, relatou.

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Depois de contar para seus familiares e com os relatos de outras vítimas, ela resolveu fazer a denúncia. Juntas, elas foram até a Delegacia de Pronto Atendimento Camaquã.

Após um mês de investigação por parte da Polícia, a prisão foi cumprida nesta quinta-feira (12) na residência do suspeito, localizada no bairro Floresta.

A identidade do preso não foi revelada em virtude da Lei 13.869/2019, a Lei de Abuso de Autoridade, que desde 2019 proíbe a divulgação de nome e fotos de presos.

Nesta quarta-feira, 11 de agosto, o programa Elas por Elas, apresentado por Renata Ulguim na ClicRádio, recebeu duas das quatro vítimas.

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Além das vítimas, a  presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (COMDIM), Denise Sefrin, e a psicóloga e coordenadora da Rede De Atenção à Mulher (RAM), Laís Bazzo, participaram do programa. A identidade das vítimas foi preservada.

Confira a entrevista completa com o relato das vítimas:

As convidadas salientaram a dificuldade que a mulher tem em fazer a denúncia, devido ao descrédito que as pessoas dão às denúncias, inclusive outras mulheres. Elas comentaram também sobre as agressões psicológicas que enfrentaram ao expor o assédio. 

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A primeira vítima, de 25 anos, contou que há dois anos atrás fez parte de uma igreja na cidade de Camaquã. Ela lembrou que ela e o marido passaram a integrar cada vez mais as atividades da igreja e acompanhavam o pastor em várias ações da igreja. 

“Muitas vezes a pessoa espera a proximidade, espera ganhar confiança para mostrar quem realmente é”, comentou a primeira vítima. “Em junho deste ano, infelizmente, eu fui convidada pelo pastor para fazer uma campanha de oração. Eu estava grávida de 7 meses. Ele disse que eu deveria fazer a campanha por causa da gravidez, porque o inimigo estava armando contra a minha gravidez”, recordou.

“No primeiro dia foi tranquilo, no segundo a esposa esteve junto e no final da oração ele disse que nunca mais era pra chamar ela, porque ela trancava as orações”, revelou. 

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“Em outro dia eu fui até a sala que ele fazia as orações e chegando lá ele começou a orar e eu senti um incômodo, um aperto, mas fiquei ali com os meus olhos fechados crendo em uma cura porque ele dizia que tinha uma cruz no meio das minhas pernas”, falou.

“Ele começou a orar e me apertar, como estava gestante pensei, meu Deus, o meu filho, se a dor que eu estava sentindo era ele, ou a mão do pastor me apertando”, disse. “Ele apertou mais e eu me atirei no sofá atrás de mim. Eu dei um salto e perguntei o que ele estava fazendo e ele disse que esse mal já tinha caído por terra”, lembrou. 

“Eu fiquei muito nervosa. Ele tinha chaveado a porta. Eu não sabia se gritava, se chama meu esposo, se eu pedia socorro”, comentou a primeira vítima. 

“Eu corri para o banheiro sentindo muita dor e orando para que eu não perdesse o meu filho”, falou. “Naquele momento eu pensei no meu filho e em não ter escândalo na igreja. Pensei, meu Deus, o que aconteceu”, lembrou. 

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Ela lembrou que passou muito mal depois disso, que ficou muito angustiada e que não conseguiu dormir direito. “Os dias passaram e uma moça me procurou, ela não estava mais indo nos cultos e disse que precisava falar comigo. Ela me contou que o pastor tinha se passado com ela”, afirmou. 

“Foram aparecendo vítimas e nós fomos até a delegacia, porque a gente não pode se calar”, falou. “Um verdadeiro homem de Deus jamais vai estar tocando em mulheres assim e mulheres devem apoiar mulheres”, comentou. 

“Infelizmente estamos passando por acusadoras e que estamos cometendo calúnia, mas Deus sabe a verdade e a justiça também”, disse.  

A segunda vítima que relatou o abuso cometido pelo mesmo homem, que atuava como pastor na mesma igreja, tem 45 anos de idade. Ela comentou que o assédio ocorreu nas mesmas condições que a primeira vítima, no escritório do pastor, com a porta trancada, sob a desculpa de uma campanha de oração. 

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Ela lembrou que o pastor fechou a porta e pediu pra ela tirar o casaco para fazer a oração e assim ela fez. “Eu estava com casaco, com uma manta e foi pedido pra eu tirar porque eu precisava receber uma unção em partes do meu corpo”, relatou.

“Eu tive que ficar perto de um sofá, pra caso eu caísse”, lembrou. “É complicado de explicar. Naquele momento eu não perdi a consciência, eu estava sabendo o que estava acontecendo, mas parecia que eu estava dopada. Eu não conseguia ter reação”, comentou.

Ela comentou que no dia seguinte retornou a igreja e que no momento da oração o pastor foi fechar a porta mas ela percebeu e a deixou apenas encostada, sem que ele percebesse. O pastor disse que ela precisa de uma unção, pedindo para tirar a blusa, para que fosse ungida.

“Ele falou que ia ungir o meu seio e eu imaginei que ele ia pôr óleo na minha mão e eu vou por a mão no meu seio. Mas não foi isso que aconteceu. Ele colocou a mão no meu seio por dentro do sutiã, eu acredito que ele ia avançar”, contou. 

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“Como a porta estava encostada, uma irmã entrou. Eu me calei. Fiquei dias em casa pensando naquilo”, lembrou. 

Confira a segunda parte da entrevista:

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