Em entrevista exclusiva, autor detalha denúncia contra Festa do Fumo de Chuvisca
Ex-vereador e ex-secretário participou do Bom Dia Camaquã e falou sobre polêmica denúncia em relação ao PPCI do Centro de Eventos de Chuvisca
Em entrevista exclusiva concedida ao programa Bom Dia Camaquã, da ClicRádio, autor detalhou a polêmica denúncia realizada contra a 36ªFesta do Fumo e 13ª Agrifest de Chuvisca. O caso ganhou grande repercussão no dia 30 de abril, primeiro dia das festividades realizadas no Centro de Eventos de Chuvisca.
Uma denúncia de possíveis irregularidades no Plano de Prevenção e Combate à Incêndios (PPCI) acabou ocasionando o fechamento do Centro de Eventos no sábado, 30 de abril.
O autor da denúncia foi Jucelino Gomes Ferreira, ex-vereador e ex-secretário Municipal de Chuvisca. Ele concedeu entrevista exclusiva à ClicRádio e falou sobre os motivos pelo qual realizou a denúncia.
No começo de sua fala, Jucelino trouxe um breve relato sobre seu período de trabalho junto ao Poder Público de Chuvisca. Além de ser secretário da Agricultura e Meio Ambiente em 2013, ele também foi coordenador da associação da comunidade Nossa Senhora de Lourdes.
Na conversa com o apresentador Elias Bielaski, ele relata ter sido responsável pelo alvará do salão de associação, bem como o alvará do Centro de Eventos de Chuvisca após a Lei Kiss, que tornou mais rígidas as exigências para salões de festa.
Em 2013, Jucelino relata que 12 dias antes da Festa do Fumo, recebeu a notificação de irregularidade em relação ao PPCI do Centro de Eventos. Na ocasião, o prefeito Ervino Wachholz deixou Jucelino como responsável pela regularização do local. Em caso contrário, Ervino confidenciou a ele que concelaria a festa.
No período, Jucelino e sua equipe, com a ajuda de uma empresa de Camaquã, conseguiram fazer as adequações para a realização da festa. Ainda em sua gestão, foi regularizado o alvará válido até 2019.
Depois disso, como vereador, relata ter encaminhado pedidos de providência para que a Prefeitura fizesse a atualização nos documentos.
Jucelino destacou que a situação que se encontrava o Centro de Eventos, sem o alvará atualizado, foi uma irresponsabilidade do Poder Público, dentro da gestão do prefeito Joel Subda. Segundo Jucelino, a multa, neste caso, foi enviada à Prefeitura mas deveria ser paga pelo prefeito.
Assista a entrevista completa:
Denúncia contra a Festa do Fumo
Os bombeiros receberam uma denúncia anônima na tarde de sexta-feira (29), informando que a festa não tinha PPCI para estruturas provisórias, uma exigência estabelecida em lei para estes tipos de eventos desde 2013.
Após a notificação, imediatamente os organizadores foram informados da interdição da festa.
Imediamente, os Bombeiros colocaram-se à disposição dos organizadores para auxiliar na elaboração de um projeto para o PPCI, dando dicas a empresa contratada pela Prefeitura.
Mesmo de folga, o mesmo sargento que recebeu a denúncia sobre a irregularidade cumpriu expediente no Corpo de Bombeiros no intuito de ajudar na elaboração do mesmo.
Ao meio dia, a empresa contratada foi até os Bombeiros para entregar a documentação, a qual possuía algumas inconformidades, principalmente na questão de tamanho dos espaços e capacidade de público.
O sargento orientou os profissionais responsáveis para elaborarem novamente o projeto. Por volta das 20h de sábado, eles retornaram com novo projeto, que foi aprovado e resultou na autorização para abertura dos portões do Centro de Eventos de Chuvisca no domingo (1º/05).
“Prejudicou a comunidade”
A polêmica foi assunto do programa Bom Dia Camaquã da última quinta-feira, 5 de maio, apresentado pelo jornalista Eduardo Costa na ClicRádio.
O programa recebeu a comitiva formada por Joel Subda, prefeito de Chuvisca; Cléber Galski, chefe de gabinete e responsável pela organização do evento; Lilian Alexandre Bartz, assessora jurídica; e Elcio Muller, responsável pela parte comercial do evento.
O prefeito iniciou lamentando o ocorrido e principalmente os efeitos que a denúncia causou aos expositores e à comunidade de Chuvisca: “Quem fez a denúncia acha que prejudicou apenas a Prefeitura. Acabou prejudicando os expositores e toda a comunidade”, relatou.
A assessora jurídica do Município lamentou a denúncia, não apenas pelo seu teor, mas principalmente pelo momento em que foi feita: “Eu aceitaria se a denúncia tivesse sido feita quinze dias ou uma semana antes da festa, mas não aceito que tenha sido feita poucas horas antes”, destacou Lillian.
Cléber Galski, organizador do evento, trouxe detalhes sobre o público, que superou 12 mil pessoas apenas no domingo, 1º de maio, feriado do Dia do Trabalhador. Segundo ele, a estimativa oficial é de que a Prefeitura tenha deixado de arrecadar cerca de R$40 mil em virtude do fechamento ocorrido no sábado.
Assista a entrevista completa: