Comitiva liderada pelo Sindilojas Costa Doce participa de evento sobre as tendências do NRF, maior evento de varejo do mundo
O diretor do Clic Camaquã, Eduardo Costa, esteve no evento e acompanhou os painéis para entender as tendências que podem ser aplicadas na Expo Varejo Costa Doce

Uma comitiva de empresários liderados pelo Sindilojas Costa Doce esteve em Porto Alegre na manhã da última terça-feira (18) para participar do pós-NRF promovido pela Fecomércio-RS. A NRF Retail’s Big Show é a maior feira de varejo do mundo e o pós-NRF traz as tendências do evento para o mercado brasileiro.
O diretor do Clic Camaquã, Eduardo Costa, esteve no evento e acompanhou os painéis para entender as tendências que podem ser aplicadas na Expo Varejo Costa Doce. O evento promovido pelo Grupo Eduardo Costa de Comunicação, marcado para os dias 12, 13 e 14 de setembro, vai para sua terceira edição em 2025.
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A maior feira voltada ao varejo da região da Costa Doce já conta com atrações musicais e culturais confirmadas no Palco Clic Rádio. Entre elas, a banda Os Atuais e Sandro Coelho. Para adquirir estandes ou patrocinar a feira, os interessados devem entrar em contato com o setor comercial através do (51) 3692-2282.
O pós-NRF
Realizado na sede da Casa do Comércio Gaúcho, em Porto Alegre, o encontro trouxe para o público de mais de 500 pessoas presentes, as ideias inovadoras e soluções disruptivas vividas pela comitiva da entidade na maior feira do varejo do mundo, de 12 a 14 de janeiro, em Nova Iorque.
O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, abriu as atividades afirmando que o momento é estratégico para absorver as tendências mais recentes e entender como é possível inovar e adaptar as empresas. “A NRF reforçou um ponto essencial: a capacidade de adaptação é decisiva diante das constantes mudanças no comportamento do consumidor. A tecnologia segue transformando o mercado, mas a grande lição foi clara: mais do que automatizar, precisamos humanizar. O consumidor de hoje busca marcas que ofereçam personalização, autenticidade e propósito. Não basta apenas adotar novas ferramentas—o diferencial está em construir conexões genuínas”, destacou.
“Não pode errar no básico”
A afirmação é de Fabiano Zortea, especialista em estratégias para o desenvolvimento do varejo, com mais de 20 anos de experiência e curador de conteúdo na NRF. A conclusão de Zortea se baseia nas mais de 12 visitas técnicas realizadas pela comitiva no varejo de Nova Iorque.
O “slow retail” ou varejo raiz, as lojas físicas como protagonistas (no Brasil são responsáveis por 85% das vendas totais e nos EUA, 80%) mostrando que é muito mais sobre o que elas estão oferecendo do que uma briga com o digital. Fazer coisas novas, personalizadas, com foco no cliente e usando a tecnologia para entender, detectar e saber o que o consumidor não quer. Conforme Zortea, 88% dos consumidores estão comprando em lojas locais com mais frequência. “Porque querem um design legal de loja, produtos exclusivos, novos serviços, caixa móvel e melhores vendedores. Não pode errar no básico. Se não, ele vai para o digital”, sinaliza o especialista. “Cliente não precisa ir na loja física. Ele tem que querer ir. Use a IA a seu favor”, completou.
Painéis
Conexão Humana no Varejo: Como Reconquistar o Cliente em Tempos de Digitalização
O primeiro painel da manhã teve a participação de Gilberto Aiolfi, presidente do Sindilojas Missões e vice-presidente da Fecomércio-RS; Renzo Antonioli, presidente do Sindilojas Pelotas e diretor da Fecomércio-RS e com a mediação de Elizabeth Ercolani de Carvalho, gerente de RH do Sistema Fecomércio-Rs/Sesc/Senac.
Antonioli relatou sua experiência na NRF 2025 como feliz. “Fui lá para ser arrasado pela IA. Voltei feliz porque lá vi que a IA é uma ferramenta, um meio que posso usar a meu favor. Pude ver que as grandes marcas do varejo mundial estão preocupadas, como eu, com o atendimento de qualidade, criatividade, equipe capacitada e bem treinada. A tecnologia deve vir atrás do ser humano e não na frente”, concluiu.
Para Gilberto, a experiência na NRF trouxe a certeza de que é preciso ouvir e entender sua equipe e seus clientes, criar relações de confiança. “O melhor e maior ativo de sua empresa são as pessoas”.
Desmistificando a IA no Varejo: Ferramentas Simples para Grandes Resultados
Para fechar a manhã repleta de conteúdo relevante, o segundo painel contou com a participação de Cladir Bono, presidente do Sindilojas Farroupilha e vice-presidente da Fecomércio RS; Gustavo Pilatti, diretor das operações de EAD dos cursos técnicos da Rede Senac e Daniela Favaretto, diretora do Senac Tech com mediação da jornalista Patricia Comunello.
O segundo painel abordou os tópicos: decisão das lideranças de usar ou não IA; Tecnologia e aplicativos e Emprego + IA. Bono lembrou que já se falou que o lojista que não estivesse no digital pereceria. “Em 2022, foi a vez do metaverso e o mesmo prognóstico: lojistas que não usarem, estarão fadados ao fracasso. Em 2025, a conclusão é que a loja física persistirá. Porém, todos na NRF falaram em IA. Onde e como pode ser aplicada? Na relação com o cliente, na automação da loja levando facilidades e conforto para os consumidores, na previsão de demanda de estoque, na otimização da logística, no layout das lojas e nos robôs que farão os serviços burocráticos permitindo, assim, que sua equipe se dedique a atividades mais relevantes para o seu público”, destacou.
Já Pilatti enfatizou que a IA ajuda na produtividade, aumentando em até 40%. “Quem não usar vai ficar para trás. IA é uma parceria para agilizar a tomada de decisões, para reduzir o tempo na fila e otimizar a qualidade do atendimento. Mas, o importante é saber qual é a minha dor e só então aplicar a IA para resolver o problema. Nada substitui o ser humano, a IA é um apoio muito importante”, enfatizou.
Para a diretora do Senac Tech, a IA é um meio e não um fim em si mesmo. “IA não veio para substituir o atendimento humano, nem para substituir a loja física. Veio para nos ajudar. Antes de utilizá-la, pense no que e para que precisa, busque especialistas para implementá-la. E entenda: a Inteligência Artificial não substitui pessoas. Ela amplia suas capacidades”, destacou Daniela.