Filme do Maníaco do Parque estreia nesta sexta-feira (18) no streaming
Francisco de Assis Pereira, o verdadeiro maníaco do parque, é interpretado por Silvero Pereira, ator conhecido pelo papel de Zaquieu no remake da novela Pantanal, da Rede Globo
A história de um dos mais conhecidos serial killers brasileiros inspirou o roteiro de “Maníaco do Parque”, filme que estreia nesta sexta-feira (18), no Prime Video. Francisco de Assis Pereira, o verdadeiro maníaco do parque, é interpretado por Silvero Pereira, ator conhecido pelo papel de Zaquieu no remake da novela Pantanal, da Rede Globo.
Nascido no interior de São Paulo, cometeu crimes na capital e foi preso em Itaqui, no Rio Grande do Sul.
Relembre a história do assassino que pode ser solto em 2028
O criminoso atraía suas vítimas se passando por um agente de modelos e prometendo ensaios fotográficos. Do Parque Ipirapuera, em São Paulo, Francisco convencia as mulheres a irem até o Parque do Estado, onde cometia seus crimes. O caso chocou o país, e a descoberta dos corpos na mata ganhou ampla repercussão na mídia.
Entre 1997 e 1998, ao menos sete mulheres foram mortas pelo criminoso apelidado de maníaco. Há, no entanto, diversas outras tentativas de assassinato e crimes sexuais.
Em julho de 1998, a polícia encontrou os corpos de seis mulheres no parque, e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) começou a suspeitar que um único autor estivesse por trás das mortes. As vítimas apresentavam sinais de violência sexual e foram todas encontradas despidas. Algumas em posições humilhantes.
Em uma entrevista à Folha de S. Paulo, em 2001, Francisco chegou a se definir como canibal. “Eu tinha uma necessidade louca de mulher, de comê-la, de fazê-la sentir dor”. A possibilidade dele ser considerado inimputável, quando a pessoa ao invés de ser presa é internada, chegou a ser considerada, contudo os laudos da época mostraram que ele tinha consciência do que estava fazendo e poderia ir para Júri.
Francisco foi condenado a uma pena de 268 anos de reclusão. No entanto, conforme a legislação da época da condenação, uma pessoa não pode passar de 30 anos reclusa. Isso significa que ele poderá ser solto em 2028. Antes, porém, passará por uma bateria de testes psicológicos que confirmem sua condição.
O filme
O longa é dirigido por Maurício Eça, mesmo diretor da trilogia baseada na história de Suzane von Richthofen, condenada por matar os pais. O roteiro promete trazer detalhes das investigações que levaram à prisão do criminoso e nos detalhes perturbadores de sua psicopatia.
Uma outra produção ainda será lançada neste ano. A séria documental intitulada “Maníaco do Parque: A História Não Contada” terá foco nas vítimas e sobreviventes. A produção vai abordar erros na apuração do caso e o papel da mídia no desenrolar das investigações, oferecendo uma perspectiva mais profunda sobre o impacto dos crimes.