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24 de maio de 2025
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Consumidor tem direito a exigir indenização por produtos e serviços em desacordo


Por Eduardo Costa Publicado 06/03/2025
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Consumidor tem direito a exigir indenização por produtos e serviços em desacordo
Consumidor tem direito a exigir indenização por produtos e serviços em desacordo

Consumidor tem direito a exigir indenização por produtos e serviços em desacordo. No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) é uma ferramenta crucial para equilibrar a relação entre consumidores e fornecedores. O documento garante ao consumidor o direito de exigir reparação por danos materiais, morais e até mesmo à saúde, sempre que um produto ou serviço oferecido esteja em desacordo com o prometido. Mas o que muitos consumidores ainda não sabem é que, além do direito à troca ou devolução, a legislação assegura o direito à indenização.

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Nesta reportagem, explicaremos como o consumidor pode agir quando se depara com produtos ou serviços defeituosos, ou quando a oferta anunciada não é cumprida. Entenda também os passos que podem ser tomados para garantir que seus direitos sejam respeitados, e como acionar os canais corretos em casos de desacordo.

Confira o Código de Defesa do Consumidor

O que diz o Código de Defesa do Consumidor?

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece uma série de direitos para proteger aqueles que compram produtos ou contratam serviços. De acordo com o artigo 12 do CDC, o fornecedor é responsável pelos defeitos dos produtos ou serviços colocados no mercado, independentemente de culpa. Isso significa que, se um produto causar danos ou um serviço resultar em prejuízo ao consumidor, este tem o direito de exigir a reparação integral do dano.

Por exemplo, se um eletrodoméstico apresenta um defeito de fabricação e causa um incêndio, ou se um serviço de conserto de veículo agrava um problema ao invés de solucioná-lo, o consumidor tem o direito de buscar a reparação, seja material ou moral, do prejuízo sofrido.

Consumidor: Direito à indenização por danos materiais, morais e à saúde

O consumidor tem direito à indenização por diferentes tipos de danos que possam ser causados por produtos ou serviços em desacordo com o prometido. Isso inclui danos materiais, como a perda ou dano de um bem adquirido, e danos morais, quando o consumidor sofre prejuízos emocionais ou psicológicos devido a falhas no produto ou serviço.

Além disso, se o produto ou serviço oferecer riscos à saúde, o consumidor tem o direito de exigir reparação por eventuais danos. A legislação exige que os fornecedores se responsabilizem por esses casos, garantindo a proteção ao bem-estar do consumidor. Isso é especialmente relevante quando falamos de produtos alimentícios, cosméticos, medicamentos e dispositivos médicos.

Vícios e defeitos nos produtos e serviços

No contexto do CDC, é importante diferenciar entre defeito e vício de produtos e serviços. Um defeito é um problema no produto ou serviço que compromete a sua segurança, eficácia ou qualidade, como um eletrodoméstico que apresenta risco de incêndio. Já o vício ocorre quando o produto ou serviço não atende às expectativas do consumidor, mas sem comprometer a sua segurança. Por exemplo, se um produto apresenta defeito após o uso prolongado ou se um serviço não corresponde à descrição anunciada.

Quando o vício é identificado, o fornecedor tem um prazo de até 30 dias para realizar o conserto ou troca do produto. Se o problema não for solucionado nesse período, o consumidor pode exigir a substituição do produto, o cumprimento da oferta ou até mesmo a devolução do valor pago, conforme previsto no artigo 30 do CDC.

Como agir diante de um problema com produto ou serviço?

Quando o consumidor se depara com um produto ou serviço em desacordo com o esperado, é importante seguir alguns passos para garantir que seus direitos sejam respeitados.

1. Tentando resolver diretamente com a empresa

O primeiro passo deve ser tentar resolver o problema diretamente com a empresa. O consumidor pode registrar a reclamação por escrito (via e-mail, chat ou carta), sempre guardando os comprovantes de pagamento e de contato. Caso a empresa esteja cadastrada no Consumidor.gov.br, a negociação poderá ser feita diretamente pela plataforma, o que pode facilitar a resolução do conflito.

2. Registre a queixa nos órgãos de defesa do consumidor

Caso a empresa não resolva o problema ou não dê uma resposta satisfatória, o próximo passo é registrar a reclamação nos órgãos de defesa do consumidor. O Procon é um dos principais órgãos responsáveis por mediar conflitos entre consumidores e fornecedores. Ele pode até mesmo aplicar multas à empresa infratora, além de orientar o consumidor sobre os seus direitos e os passos a serem seguidos.

3. Buscando a reparação judicial

Se o problema não for resolvido pelos canais de mediação, como o Procon ou a plataforma Consumidor.gov.br, o consumidor pode recorrer à Justiça para exigir a reparação do dano. Neste caso, o apoio de um advogado especializado pode ser fundamental para entender o processo e garantir que os direitos sejam respeitados.

A importância da fiscalização e denúncia

De acordo com o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, o Código de Defesa do Consumidor só é eficaz quando é efetivamente utilizado. “Somente assim conseguiremos coibir abusos e garantir um mercado mais justo para todos”, afirma Damous. Isso significa que a fiscalização é essencial para assegurar que empresas cumpram suas obrigações e não prejudiquem os consumidores.

É fundamental que o consumidor esteja ciente dos seus direitos e não aceite prejuízos. Ao denunciar e buscar a reparação, ele contribui para um mercado mais equilibrado e transparente, além de garantir que outras pessoas não sofram os mesmos danos.

Exigir direitos é essencial

O consumidor tem direito à indenização quando se depara com produtos ou serviços em desacordo com o prometido. O Código de Defesa do Consumidor oferece um amplo leque de garantias, que vão desde a reparação de danos materiais até a compensação por danos morais. Além disso, os consumidores podem recorrer aos órgãos de defesa para garantir que seus direitos sejam cumpridos.

Se você se sentir prejudicado, não hesite em agir. Registre sua reclamação, busque auxílio nos canais oficiais e, caso necessário, recorra à Justiça. Exigir seus direitos é fundamental para assegurar um mercado mais justo para todos.

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