Exército não retomará as obras de duplicação da BR-116 no trecho de Guaíba
A decisão foi anunciada nos últimos dias em uma nota do Comando Militar do Sul (CMS)
As obras da duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas não serão mais retomadas pelo batalhão de engenharia e construção do exército. Dos 50,8 quilômetros, 37,4 foram concluídos. As obras nos lotes 1 e 2 estavam paradas desde maio devido às enchentes. A decisão foi anunciada nos últimos dias, em uma nota do Comando Militar do Sul (CMS).
No mês de maio, a suspensão ocorreu devido às enchentes. Após, o CMS passou a atuar nos resgates, limpeza e reconstrução dos municípios gaúchos atingidos na Operação Taquari 2. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) irá contratar uma empresa para terminar o serviço. O valor para conclusão do trecho é de R$ 122 milhões.
No lote um, de 24,46 quilômetros, ainda é necessário concluir nove quilômetros de duplicação e outros três na Travessia de Pedras Brancas e Travessia Urbana de Guaíba. Os 26,34 quilômetros do lote dois estão totalmente duplicados e liberados, faltando a conclusão de duas alças de retorno e dois segmentos de vias laterais.
A obra iniciou em 2011 e tinha previsão de conclusão em 2014. Conforme o Dnit, o investimento total nas obras é de aproximadamente R$ 2 bilhões. Até julho, já foram investidos R4 1,43 bilhão, ou seja, 69,5% do total, logo R$ 629 milhões ainda precisam ser investidos.
A obra beneficia de forma direta 12 cidades : Guaíba, Barra do Ribeiro, Mariana Pimentel, Tapes, Sentinela do Sul, Arambaré, Camaquã, Cristal, São Lourenço do Sul, Turuçu, Arroio do Padre e Pelotas.
Diferente da contratação de empresas privadas, o Exército recebe os recursos financeiros primeiro para depois executar as obras. Quando a prestação de contas ocorrer, se houver valores não utilizados, o montante será devolvido.
Camaquã
O lote 10 inclui a ponte sobre o Rio Camaquã, a qual já está com as fundações, pilares e mesoestrutura em andamento e vigas em produção. O Viaduto da Pompéia (acesso secundário de Camaquã) está com projeto aprovado e tem previsão de início para janeiro. As duas obras devem ser concluídas no início de 2025, para isto terão um custo de R$ 43 milhões.