“Trabalho muito bem feito”, afirma gerente da AUD sobre estudo de alagamentos em Camaquã
O estudo, realizado pelo geólogo Luís Carlos Evangelista, foi contratado pela Prefeitura de Camaquã após alagamentos ocorridos em fevereiro deste ano

O gerente de operações da Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD), Everton Fonseca, participou do programa Controle Geral deste sábado (15), na Clic Rádio. O engenheiro agrônomo falou sobre a resistência das barragens do município e capacidade de contenção de cheias, entre outros assuntos.
Barragens de Camaquã
O município de Camaquã conta atualmente com duas barragens. A primeira é a mais conhecida, inclusive aberta para visitas: Barragem do Arroio Duro, que completou 57 anos em janeiro deste ano. A outra é a Barragem Maria Ulguim, menor e mais nova, inaugurada em junho de 2016.
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Alagamentos
Em fevereiro deste ano, com precipitação de aproximadamente 150 milímetros, residências de bairros mais baixos de Camaquã foram invadidas pela água que não escoou como esperado. Na ocasião, diversos questionamentos foram levantados por parte da população e lideranças políticas, sendo inclusive cogitada a possibilidade de falha por parte da AUD na administração das comportas do arroio que atravessa alguns bairros da cidade, algo que foi imediatamente negado pelo representante da associação.
Everton Fonseca garante que foram executados todos os procedimentos padrão. Naquela mesma época, a Prefeitura de Camaquã contratou um técnico para realizar um estudo afim de identificar falhas e prevenir futuros alagamentos. De acordo com Fonseca, o trabalho foi “muito bem feito”.
O estudo realizado pelo geólogo Luís Carlos Evangelista já foi apresentado para Prefeitura de Camaquã e para Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Camaquã (ASEAC), na sede da AUD. De acordo com Fonseca, uma das necessidades apresentadas pelo estudo foi uma modificação na “Ponte do CTG”, onde o arroio é mais estreito e pode represar água.
Além disso, o gerente de operações da AUD salienta que o grande volume de chuva em curto período de tempo foi o principal responsável pelos alagamentos de fevereiro, onde as “bocas de lobo” não deram conta de escoar toda água, ocorrendo a cheia que gerou danos materiais para dezenas de residências camaquenses.
Outra importante manutenção, que já foi realizada antes dos alagamentos e, segundo Everton Fonseca, deve ser realizada periodicamente, é o desassoreamento do Arroio Duro, removendo areia, lodo e outros sedimentos do fundo e melhorando a capacidade de escoamento.
Estes trabalhos são geralmente realizados em parceria entre AUD e Prefeitura de Camaquã.