Setembro Amarelo: psicóloga fala sobre importância de cuidados com a saúde mental
Setembro Amarelo é o mês de Prevenção ao Suicídio, assunto do qual a psicóloga da Secretaria Especial da Mulher, Trabalho e Desenvolvimento Social (SEMTDS), Vanessa Moraes, falou no programa Bom Dia Camaquã desta segunda-feira (2)
Setembro Amarelo é o mês de Prevenção ao Suicídio, assunto do qual a psicóloga da Secretaria Especial da Mulher, Trabalho e Desenvolvimento Social (SEMTDS), Vanessa Moraes, falou no programa Bom Dia Camaquã desta segunda-feira (2).
Em 2024, conforme a Associação Brasileira de Psiquiatria, o lema da campanha nacional é “Se precisar, peça ajuda!”. A psicóloga ressalta que muitas vezes as pessoas não pedem ajuda devido aos estigmas da sociedade relacionados às doenças mentais.
De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia.
Moraes destaca que os Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade atuam na prevenção, especialmente neste mês. Além disso, as pessoas que precisarem também podem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Rede de Atenção à Mulher (RAM) e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Sinais de Alerta
Segundo o Minsitério da Saúde, não há um padrão para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem se tem algum tipo de tendência suicida. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo.
- O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas:
Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.
- Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança:
As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos.
Expressão de ideias ou de intenções suicidas:
Expressões como: “Vou desaparecer”, “Vou deixar vocês em paz”, “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”, entre outras, devem ser cuidadas.
- Isolamento:
As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.
Procure ajuda
Além dos recursos disponíveis na cidade, também está disponível de forma online e por telefone, através do número 188, o Centro de Valorização da Vida, disponível todos os dias da semana.
Confira a entrevista completa: