Secretaria da Saúde do RS reforça a importância da vacinação para prevenir a coqueluche
Em 2025, já foram confirmados 75 casos de coqueluche, entre eles um óbito

O Rio Grande do Sul registrou 430 casos de coqueluche e uma morte pela doença em 2024. Óbitos pela doença não aconteciam desde 2017, quando foram registradas três mortes. Em 2025, já foram confirmados 75 casos de coqueluche, entre eles um óbito.
No Brasil, em 2024 foram registrados 28 óbitos por coqueluche e mais de 7,1 mil casos, o maior número de casos desde 2014. Em 2025 (com dados atualizados até 07/02/25), são 311 casos confirmados e três óbitos, um no RS e dois em Minas Gerais. Os dados nacionais sobre podem ser consultados no painel do Ministério da Saúde.
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A principal medida de prevenção contra coqueluche é a vacinação. O calendário vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde é de três doses com a vacina pentavalente (aos dois, quatro e seis meses de idade), um reforço aos 15 meses e um segundo reforço aos quatro anos com a tríplice bacteriana, que pode ser aplicada até os sete anos incompletos.
As gestantes também são vacinadas com a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa). Essa vacina deve ser administrada a cada gestação, a partir da 20ª semana até, preferencialmente, 20 dias antes da data provável do parto.
A vacinação também é indicada para profissionais e estagiários da área da saúde que atuam em serviços públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, nas áreas de genecologia e obstetrícia, parto e pós-parto, berçários e pediatria. A imunização é indicada ainda para parteiras tradicionais, doulas e trabalhadores de creches e berçários que atendem crianças até quatro anos.
A faixa etária formada por crianças menores de um ano de idade representou 24% dos casos de coqueluche no Rio Grande do Sul em 2024. Muitas crianças nessa idade ainda não tem o esquema vacinal completo. O óbito registrado no Estado em 2024 foi de uma criança nessa faixa etária e residente em Camaquã.
Pré-adolescentes, entre 10 e 14 anos, representaram 22,59% dos casos, sendo a segunda faixa etária mais frequente. O óbito de 2025 é de um adolescente de 15 anos, que possuía outras comorbidades, morador de Horizontina.
Coqueluche
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por uma bactéria, a Bordetella Pertussis. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, traqueia e brônquios.
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato com a pessoa doente, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. O período de incubação, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.
O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas podem parecer como resfriado ou até mesmo outras doenças respiratórias. A tosse seca é um forte indicativo da coqueluche, mas para confirmar o diagnóstico o médico pode pedir outros exames, como a coleta da secreção da nasofaringe para técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) ou cultura da bactéria, hemograma e raio-x de tórax.