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04 de dezembro de 2024
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Gotinha deixa de ser aplicada contra a poliomielite

As doses de reforço com a vacinal oral contra a poliomielite (VOP), a famosa "gotinha", será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP)


Por Kathrein Silva Publicado 04/11/2024
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Foto: Roberto Scola

As doses de reforço com a vacinal oral contra a poliomielite (VOP), a famosa “gotinha”, será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP). A mudança na estratégia de combate a paralisia infantil começa nesta segunda-feira (4).

A alteração, conforme o Ministério da Saúde, está alinhada com uma tendência mundial de utilização da vacina inativada, composta por partículas do vírus, em detrimento da versão oral, produzida com o vírus atenuado.O médico infectologista, Fernando Chagas, destaca que uma das vantagens por ser um imunizante que não utiliza o vírus vivo atenuado é que indivíduos com imunodeficiência podem ser vacinados

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Por se tratar de um produto oral, afirma a médica Silvia Nunes Szente Fonseca, uma parcela do vírus atenuado presente na VOP é eliminada nas fezes das crianças vacinadas, disseminando o chamado “vírus vacinal da poliomielite”.

No passado, essa eliminação pelas fezes foi importante por colocar a população em contato com o vírus enfraquecido em locais onde não havia saneamento básico, incentivando a produção de anticorpos nesses indivíduos. O problema é que, em casos raros, pode haver mutação do vírus no ambiente, desencadeando a doença.

Esquema vacinal

Com a mudança, todas as doses da vacina serão injetáveis. As três primeiras doses, que já eram da VIP, continuam sejam dadas aos dois, quatro e seis meses de idade e, aos 15 meses, as crianças receberão uma dose de reforço, agora injetável, no lugar da gotinha.

A segunda dose de reforço, que anteriormente era administrada de forma oral aos quatro anos, não será mais necessária.

Taxa de imunização

Após um período de queda nas taxas de imunização no país, a situação atual apresenta sinais de recuperação.

Em 2023, a cobertura vacinal contra poliomielite atingiu 86,55%, superando os 77,20% registrados em 2022. Ainda assim, ficou longe da meta – 95% do público-alvo, que abrange cerca de 13 milhões de crianças menores de cinco anos.

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