Presidente da Associação Leiteira de Encruzilhada do Sul explica protesto do último sábado (4)
De acordo com ele, a cada dia sem energia elétrica são perdidos cerca de 180L de leite
O Bom Dia Camaquã desta quarta-feira (8), recebeu Júlio César Selbach, Presidente da Associação Leiteira de Encruzilhada do Sul para falar sobre os transtornos que a falta de luz está trazendo para a produção leiteira e sobre o protesto do último sábado (4).
O comerciante conta, que são associados a Dália Alimentos e que tem normativas a cumprir: o leite tem que estar com a acidez correta e que sai do ubre da vaca entre 29°a 30° e tem que ficar no refrigerador a – 4°C, e quando fica acima dessa temperatura, segundo o produtor, a qualidade cai. E hoje o leite é transportado a granel em que todos os produtores utilizam o mesmo tanque.
Selbach ressalta que ainda sofrem as consequências da seca de três anos, que impossibilitou a plantação de milho para silagem, além disso o leite diminuiu em quinze centavos esse mês e que ainda tem que conviver com a situação da falta de energia elétrica. Contou também que é um pequeno produtor, sua renda vem somente desse negócio e que depende da energia para ordenha. Falou ainda que com a perda do último tanque teve prejuízo de R$5 mil.
De acordo com ele, a cada dia sem energia elétrica são perdidos cerca de 180 L de leite.
- Produtores de Encruzilhada do Sul jogam leite estragado no escritório da CEEE Equatorial em protesto
O produtor conta, que a ideia de atirar leite impróprio de consumo na frente da CEEE Equatorial surgiu quando os produtores estavam reunidos e o carregador chegou e recusou o leite, nisso eles decidiram tomar uma atitude. Disse que entraram em contato com imprensa local e levaram o leite estragado em tonéis e despejaram na frente do estabelecimento.
Júlio salientou, que já esteve em três audiências públicas e que na segunda reunião a CEEE equatorial não esteve presente.
- Confira a entrevista completa: