“Vejo o projeto da Canarana como um projeto normal de uma empresa, como qualquer outra”, afirma presidente da Câmara
No Controle Geral, Luciano Cabeça falou sobre doação de terreno público para a Canarana Agrocomercial


Na manhã deste sábado, 31 de julho, o vereador presidente da Câmara Municipal de Camaquã, Luciano Pereira Dias, participou do programa Controle Geral. Na oportunidade, o apresentador do programa, Alvorino Osvaldt, destacou sobre a polêmica na Câmara sobre a Canarana, em razão da doação de terreno municipal para a empresa.
O presidente da Câmara destacou que o projeto é mais um dos que tramitam na casa legislativa e que ocasionou debates, discussões e divergências de ambos os vereadores. “Eu vejo o projeto da Canarana como um projeto normal de uma empresa, como qualquer outra empresa, tanto camaquense como fora de Camaquã que quer implantar os seus serviços no nosso município”, disse.
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“Eu vejo muitas colocações a respeito da área que vai ser cedida pela Prefeitura, mas qualquer empresa local também pode manifestar o interesse, inclusive na mesma área. Pois é uma área pública, isso tramita normal dentro da Prefeitura e obviamente como tem cedência de área, tem obrigatoriedade de passar pelo crivo da Câmara Municipal de Vereadores”, explicou.
O vereador informou que escutou alguns debates dentro das sessões e tem o parecer como vereador sobre o projeto. “Muitas vezes há um equívoco, de nós acharmos que nós podemos decidir como vai ser feito. Nós podemos primeiro ver se é constitucional”, contou.
Luciano explicou que primeiramente o projeto passa pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), que realiza um parecer, que foi favorável. Após, o projeto passou para a Comissão de Orçamento e Finanças, que envolve uma doação de uma área, o que tem impacto financeiro.
“São coisas pontuais e objetivas. Se nós entrarmos em um debate de investigar CPF, CNPJ, das pessoas e dos sócios, eu vejo como a seguinte situação. Esse problema de saber como que vai ser feito esse contrato, como vai ser amarrado isso para que o poder público e, obviamente, a população de Camaquã não seja prejudicada, é exclusivo do poder executivo. Não estou dizendo que não pode ser debatido, inclusive tem uma audiência pública para tratar desse projeto da Canarana, e vou estar na audiência… mas ainda acho que nosso papel dentro da Câmara Municipal de Vereadores, está extrapolando os sentidos de viabilidade”, destacou.
“Vamos dizer assim, a situação defende que o projeto ande. Pode acontecer de ceder a área e o projeto não sair, como já aconteceu aqui dentro do município. Mas também corremos o risco de não aprovarmos e essa empresa se instalar em uma cidade do lado e gerar emprego e renda do nosso lado e nós perdermos a geração de renda dos empregos”, afirmou.