Presidente do Progressistas estava bloqueado pela presidente do União Brasil em Camaquã; partidos agora são federados
A presidente do União Brasil, Iasmim Devogeski, não quis se manifestar, mas afirmou que o parlamentar estava bloqueado apenas em seu número pessoal; Federação União Progressista tem validade de quatro anos em nível nacional

Os partidos União Brasil (UB) e Progressistas (PP) oficializaram a criação da federação União Progressista (UP). A decisão reflete em todo país e faz com que tenham a maior bancada da Congresso Nacional. Em Camaquã, cinco vereadores são filiados no União Brasil e três no Progressistas, e juntos também representam maioria na Câmara, mas estão em lados opostos: PP é oposição e União é base do governo municipal.
Em sua fala na tribuna da Câmara Municipal nesta segunda-feira (5), o vereador Vitor Azambuja (PP), que é presidente municipal do Progressistas, afirmou que a bancada do partido seguirá mantendo o diálogo que “sempre teve” com os colegas do União Brasil. Em sua fala, também destacou ter sido desbloqueado no WhatsApp da atual presidente do União em Camaquã, Iasmim Devogeski.
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Procurada pela redação, Iasmin afirmou que não pretende se manifestar sobre assunto, mas salientou que o vereador estava bloqueado apenas em sua conta pessoal.
O que é a União Progressista
Com 109 deputados e 14 senadores, a federação passa a responder por cerca de 20% dos parlamentares no Congresso Nacional. A estrutura inclui ainda seis governadores, aproximadamente 1.400 prefeitos e 12 mil vereadores. O acordo terá validade de quatro anos, conforme determina a legislação eleitoral.
Liderança compartilhada e compromisso com estabilidade
Até dezembro deste ano, a presidência da União Progressista será dividida entre Antonio Rueda, do União Brasil, e Ciro Nogueira, do Progressistas. Ao final do período, uma nova eleição definirá a liderança definitiva da federação.
Durante o evento, ambos os presidentes revezaram-se na leitura do manifesto “Por um Choque de Prosperidade e pela Modernização do Estado”. O documento reforça o compromisso com a responsabilidade fiscal e social. Segundo o texto, a federação pretende ser “uma bússola para o Brasil”, guiando políticas públicas com foco em equilíbrio e inovação.
Discurso de união e modernização
Ciro Nogueira destacou a necessidade de reformar o Estado. Em suas palavras, o sistema atual funciona como um obstáculo ao progresso do país. “Temos pressa!”, afirmou o senador. O manifesto também defende um pacto político baseado em consensos, buscando soluções concretas para os desafios nacionais.
A cerimônia foi marcada ainda pela exibição de um vídeo institucional. A peça destacou a nova identidade visual da federação, que utiliza a palavra inglesa “up” (para cima) como símbolo de crescimento, otimismo e avanço.
A maior federação partidária do país
A criação da União Progressista supera, em representatividade, qualquer outra federação registrada no Brasil. Com base sólida nos estados e forte presença municipal, a nova aliança pretende ser um ponto de estabilidade em meio à fragmentação partidária atual.
Diferente das coligações eleitorais, a federação partidária exige união formal por, no mínimo, quatro anos. As legendas precisam seguir um estatuto comum, com regras claras sobre fidelidade partidária e orientações de voto. Dessa forma, o TSE garante que os partidos federados atuem como um só, fortalecendo o sistema democrático.
Cerimônia com presença de lideranças nacionais
Diversas autoridades marcaram presença no evento. Entre elas, o presidente da Câmara, Hugo Motta (PP), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União). Governadores de estados importantes também participaram da cerimônia, como Wilson Lima (AM), Mauro Mendes (MT), Marcos Rocha (RO) e Ronaldo Caiado (GO), este último sendo o primeiro a discursar.
Para ACM Neto, vice-presidente do União Brasil, o dia foi histórico. “Estamos aqui pelo nosso compromisso com o futuro do Brasil. A partir de hoje, a história começa a ser escrita”, declarou.
Um projeto com visão de futuro
A federação União Progressista não nasce como uma aliança circunstancial. A nova configuração promete estabilidade institucional, além de um norte político voltado ao desenvolvimento nacional.
A expectativa é que, com a união formalizada, o bloco atue com força nas principais pautas do Congresso.