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07 de fevereiro de 2025
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Braga Netto preso em quarto com ar-condicionado e TV

Braga Netto está sendo indiciado pela polícia pelos crimes de promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos de prisão


Por Redação Publicado 16/12/2024
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braga netto
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O general Walter Braga Netto está preso em um quarto com ar-condicionado e televisão, em uma prisão especial que é um direito dos militares antes da condenação.

• Informações de Poder360

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Condições da Prisão de Braga Netto

O general Walter Braga Netto está detido em um quarto que conta com armário, geladeira, ar-condicionado, televisão e banheiro exclusivo. Essa prisão especial é um direito dos militares antes da condenação, permitindo que eles fiquem em alojamentos e não em celas comuns de unidades militares.

Braga Netto foi preso no sábado (14 de dezembro de 2024) e está detido no comando da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro. A unidade é subordinada ao Comando Militar do Leste, que foi comandado por Braga Netto de 2016 a 2019.

Além das condições de alojamento, o general tem direito a quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, jantar e ceia. O local da prisão foi improvisado para receber o oficial, pois não havia estrutura adequada do Exército no Rio de Janeiro para o isolamento de um general de quatro estrelas.

Motivos da Prisão e Investigações

Braga Netto foi preso por supostamente tentar obstruir as investigações da Polícia Federal (PF) relacionadas à tentativa de impedir a posse do governo eleito nas eleições de 2022. O general é um dos alvos da operação Contragolpe, que investiga o planejamento de um golpe de Estado e homicídio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

As autoridades alegam que Braga Netto teve uma participação preponderante na execução de atos criminosos e foi o financiador do golpe, integrando uma organização criminosa. Ele teria atuado para obter informações sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e financiado a execução de monitoramento de alvos, além de planejar sequestros e homicídios de autoridades.

De acordo com a PF, Braga Netto interferiu nas investigações, tentou obter dados sigilosos do acordo de Mauro Cid com a polícia e manteve os integrantes do plano de golpe informados sobre os desdobramentos das investigações.

Indiciamento e Crimes Atribuídos

Braga Netto está sendo indiciado pela polícia pelos crimes de promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos de prisão.

Além disso, ele é indiciado pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos de prisão) e tentativa de golpe de estado (4 a 12 anos de prisão).

A Procuradoria Geral da República (PGR) deverá decidir se denunciará Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 38 indiciados pela PF após o recesso do Judiciário, que começa em 20 de dezembro e se estende até janeiro.

Os motivos para o indiciamento incluem a participação ativa de Braga Netto na execução dos atos criminosos, sua atuação como financiador do golpe e tentativas de obstruir as investigações, além de manter contato com outros envolvidos no plano golpista.

Reação de Braga Netto e Defesa

Em 23 de outubro de 2024, o ex-ministro de Bolsonaro, Walter Braga Netto, se pronunciou pela primeira vez sobre as acusações e negou qualquer participação no planejamento da tentativa de golpe de Estado e assassinatos. Em suas redes sociais, ele afirmou que “nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém”.

Braga Netto criticou a cobertura da imprensa, chamando as alegações de “tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’”, e expressou sua indignação com a forma como a situação estava sendo retratada.

A defesa de Braga Netto, em nota publicada no dia da prisão, afirmou que provará que o ex-ministro da Defesa não tentou obstruir as investigações da PF. A defesa registrou que ainda estava tomando conhecimento dos detalhes do caso e que se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que levaram à decisão judicial.

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