Bolsonaro recebe alta após três semanas internado em hospital de Brasília
Ele estava hospitalizado desde o dia 13 de abril, quando passou por uma cirurgia de emergência para tratar complicações intestinais

Após três semanas de internação no Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta médica na manhã do último domingo (4). Ele estava hospitalizado desde o dia 13 de abril, quando passou por uma cirurgia de emergência para tratar complicações intestinais.
O procedimento, que durou cerca de 12 horas, teve como objetivo remover aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. A recuperação foi gradual. Na última semana, Bolsonaro deixou a unidade de terapia intensiva (UTI) e retomou a alimentação por via oral.
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Embora o hospital ainda não tenha divulgado um boletim médico oficial sobre a alta, imagens do ex-presidente deixando a unidade de saúde começaram a circular nas redes sociais logo após sua saída. Ele acenou para apoiadores e deixou o local em um carro particular.
Pouco antes de sair do hospital, Bolsonaro utilizou as redes sociais para agradecer à equipe médica. O grupo foi liderado pelo cirurgião Cláudio Birolini, diretor do setor de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo ele, a evolução clínica do paciente permitiu a liberação.
No sábado (3), um boletim médico indicava que o ex-presidente apresentava boa resposta à dieta pastosa e que poderia ter alta nos próximos dias. Esse avanço reforçou as expectativas positivas em relação ao seu estado de saúde.
Internação coincidiu com novos desdobramentos judiciais de processos contra Bolsonaro
Bolsonaro foi internado após sentir fortes dores abdominais durante um evento no Rio Grande do Norte, em 11 de abril. Inicialmente atendido em Santa Cruz, foi transferido para Natal e, em seguida, encaminhado para Brasília em uma UTI aérea.
Durante a internação, o ex-presidente recebeu a intimação de uma nova ação penal aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 23 de abril, uma oficial de Justiça foi até a UTI entregar a notificação. Bolsonaro gravou o momento e divulgou um vídeo em que questiona a legalidade da ação. Ao ser informado de que a medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, voltou a reclamar da atuação do ministro nas investigações.
A gravação gerou críticas. Entidades representativas dos oficiais de Justiça publicaram notas de repúdio. Além disso, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal anunciou a abertura de uma investigação sobre a entrada de pessoas na UTI, incluindo aliados políticos e a própria servidora da Justiça.
Histórico cirúrgico e contexto político
Esta foi a sexta cirurgia de Bolsonaro desde o atentado a faca que sofreu em 2018, durante a campanha presidencial. Todas as intervenções médicas, até hoje, estão ligadas às consequências daquele episódio.