RS tem primeiro trimestre mais seguro da história e queda em todos os indicadores criminais
Redução nos homicídios, latrocínios e crimes patrimoniais consolidam tendência de queda da violência no Estado; março também apresenta recuo em crimes violentos

O Rio Grande do Sul registrou o trimestre mais seguro desde o início da série histórica de monitoramento da criminalidade, iniciada em 2010. Dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública mostram que todos os indicadores criminais apresentaram queda significativa entre janeiro e março de 2025, consolidando uma tendência de redução da violência no Estado.
Entre os destaques, estão as quedas nos crimes contra a vida. Os homicídios caíram 35% no primeiro trimestre, passando de 452 registros em 2024 para 295 em 2025. Os latrocínios (roubos seguidos de morte) tiveram queda de 50%, de 12 para 6 casos. Já os feminicídios recuaram 29%, com 17 registros neste ano ante 24 no mesmo período do ano passado.
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Crimes contra o patrimônio também em queda
Nos crimes patrimoniais, o abigeato (furto ou roubo de gado) continua em trajetória de queda histórica. Foram 600 ocorrências nos três primeiros meses de 2025, redução de 29% em relação às 828 registradas no ano anterior. Trata-se do menor número desde 2010. A queda é atribuída a ações específicas como o patrulhamento rural da Brigada Militar e à atuação das delegacias especializadas (Decrabs) e da Delegacia Online do Agro (Agrodol).
Outros crimes patrimoniais também tiveram reduções expressivas:
- Roubo de veículos: queda de 21%, de 734 para 581 casos.
- Roubo de pedestres: redução de 30%, de 4.603 para 3.241 ocorrências.
- Roubos em comércios: baixa de 16%, com 1.053 registros em 2025 frente a 1.255 no ano passado.
- Roubos em transporte coletivo: redução de 30%, de 108 para 76 ocorrências.
- Roubos em bancos: recuo de 43%, com quatro casos neste ano contra sete em 2024.
Desempenho em março reforça tendência positiva
Os números de março de 2025 também confirmam a tendência de queda. Nos crimes violentos letais intencionais (CVLI), os homicídios tiveram redução de 5%, passando de 107 para 102 vítimas. Os feminicídios diminuíram 20%, com quatro casos contra cinco no ano passado. Os latrocínios caíram 83%, de seis para apenas um registro.
Entre os crimes patrimoniais, o abigeato bateu novo recorde de baixa, com 182 ocorrências em março, o menor número já registrado para qualquer mês da série histórica. Os roubos em transporte coletivo diminuíram 42% (de 26 para 15 casos) e os roubos de pedestres caíram 26% (de 1.544 para 1.143). Também houve redução de 23% nos roubos em estabelecimentos comerciais, com 330 registros ante 429 no mesmo mês de 2024.
Por outro lado, dois indicadores apresentaram aumento: os roubos de veículos subiram 6% (de 205 para 218) e as ocorrências em estabelecimentos bancários dobraram, passando de dois para quatro casos.
Desafio da continuidade
O secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, reconhece o desafio de manter a trajetória de queda. “Eu assumi a pasta com a responsabilidade de manter o excelente trabalho desempenhado pelo secretário Ranolfo Vieira Júnior, mas não dá para negar o grande esforço feito por homens e mulheres da segurança em 2023 e 2024, além deste primeiro trimestre”, afirmou.
Para Caron, o sucesso está no acompanhamento constante das ocorrências. “É dedo no pulso o tempo inteiro. Precisamos sempre estar dois passos à frente dos criminosos. O cidadão precisa ter segurança para ir trabalhar, estudar ou passear com a família. Quem precisa ficar incomodado são os criminosos. Não vamos afrouxar a corda”, completou.