Caso Bernardo: STF revoga prisão domiciliar de Edelvania Wirganovicz
O MPRS ajuizou a reclamação por entender que o benefício foi concedido indevidamente por estar ainda pendente o cumprimento de 50% da pena

A prisão domiciliar de Edelvania Wirganovicz foi revogada. A decisão do ministro Cristiano Zanin atende uma reclamação da Procuradoria de Recursos do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foi publicada na última quinta-feira (20).
A decisão monocrática do ministro torna sem validade a decisão do juízo da 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca de Porto Alegre e determina que a apenada, condenada a 22 anos e 10 meses de reclusão por delitos de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, retorne ao regime semiaberto.
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O MPRS ajuizou a reclamação por entender que o benefício foi concedido indevidamente por estar ainda pendente o cumprimento de 50% da pena.
O caso Bernardo
Bernardo Boldrini tinha 11 anos quando desapareceu, em Três Passos, no dia 4 de abril de 2014. O corpo foi localizado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, na cidade vizinha, Frederico Westphalen.
O menino morreu após receber uma superdosagem de sedativo. No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos, suspeitos, de serem, respectivamente, o mentor intelectual e a executora do crime, com a ajuda da amiga dela, Edelvânia Wirganovicz.
Dias depois, Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foi preso, suspeito de ser a pessoa que preparou a cova onde o menino foi enterrado.
Todos foram condenados por participação na morte do menino.