Policiais da BM passam a utilizar câmeras corporais a partir desta terça-feira em Porto Alegre
Equipamentos serão inicialmente utilizados pelo 9º Batalhão de Polícia Militar de Porto Alegre
O uso de câmeras corporais pelos agentes da Brigada Militar (BM) começou nesta terça-feira (1º) em Porto Alegre. Inicialmente, os dispositivos serão utilizados pelo 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que cobre a região central da cidade. A expectativa do governo estadual é que, até o final do ano, o programa se expanda para todo o policiamento da capital gaúcha.
Na tarde de segunda-feira (30), um lote inicial de 300 câmeras foi entregue, juntamente com mil armas de choque não letais, durante a inauguração do Centro de Operações da Brigada Militar (Copom) em Porto Alegre, no bairro Menino Deus.
Durante a cerimônia, o governador Eduardo Leite destacou que a meta é que mil policiais da BM estejam utilizando as câmeras até o final do ano. Ele também espera que as câmeras sejam utilizadas por outras forças policiais do estado. “Parte dessas câmeras está reservada para a Polícia Civil, que deve utilizá-las em operações cuja regulamentação ainda está sendo definida. Para a Brigada Militar, as câmeras são usadas no policiamento ostensivo, de maneira cotidiana”, explicou.
De acordo com Leite, ainda não há previsão para o uso das câmeras em áreas do interior do estado. O investimento nos equipamentos utilizados na capital foi de R$ 7 milhões, mas, em vez de comprá-los, o governo contratou os serviços das câmeras, evitando custos com manutenção e atualização dos aparelhos.
O secretário de Segurança do Estado, Sandro Caron, informou que haverá um sistema de rotatividade no uso das câmeras a cada 12 horas, sendo trocadas pelos agentes conforme o turno. As câmeras serão acopladas aos coletes dos policiais e têm bateria com duração de 12 horas. “A BM treinou tanto os policiais que operarão as câmeras quanto aqueles que atuarão no armazenamento das imagens nos batalhões. O objetivo é que o policial tenha a gravação durante todo o seu turno”, afirmou.
A iniciativa, que gera debates no país, é vista por Caron como benéfica tanto para os agentes quanto para a população. “Ela protege ambos os lados. Muitos veem as câmeras como um meio de prevenir abusos policiais, mas há também a garantia de que o policial agirá conforme a lei e terá proteção contra falsas acusações, como em audiências de custódia onde algumas pessoas alegam maus-tratos para tentar ser liberadas”, concluiu.
Durante o evento, também foi apresentado o Centro de Operações da Brigada Militar (Copom), uma unidade subordinada ao Comando de Policiamento da Capital (CPC). O Copom atenderá emergências policiais via telefone 190, despachará ocorrências para as equipes em Porto Alegre e região metropolitana, além de prestar suporte às equipes operacionais.