Polícia Civil realiza operação contra grupo responsável por venda de armas e tortura de animais
Conforme a investigação, coordenada pela delegacia de Nova Santa Rita, os alvos utilizavam grupos fechados em redes sociais para comercializar o armamento
Nesta manhã de sexta-feira (27), a polícia Civil realiza operação contra grupo investigado por maus-tratos a animais silvestres e por comercialização de armas para caça ilegal. A operação ocorre em 12 cidades do Estado.
Estão sendo cumpridos 30 mandados de busca e apreensão nos municípios de Porto Alegre, Nova Santa Rita, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Canoas, Guaíba, Alvorada, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Santa Vitória do Palmar, Teutônia e Caxias do Sul.
Conforme a investigação, coordenada pela delegacia de Nova Santa Rita, os alvos utilizavam grupos fechados em redes sociais para comercializar o armamento. Os suspeitos também praticariam a caça e, segundo apurado pelos agentes, costumavam gravar vídeos com maus-tratos a animais.
Em alguns casos, as gravações mostravam os bichos sendo torturados mesmo após o abate. Em um deles, uma capivara aparece sendo comida viva por cachorros.
— São pessoas detectadas pela atividade nas redes sociais e que mantinham relação por meio desses grupos, onde comercializavam armas de fogo. No entanto, não sabemos se todos os envolvidos maltratavam os animais ou até mesmo caçavam. É possível que alguns compradores utilizassem as armas para outras finalidades — explica o delegado Mário Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana.
Até as 8h20min, seis pessoas haviam sido presas em flagrante (na Capital e em Canoas, Novo Hamburgo e Santa Vitória do Palmar). Na casa de um dos investigados, foram localizadas diversas gaiolas com pássaros que, a polícia acredita, seriam utilizados como mercadoria para tráfico de animais.
A operação, denominada Arca Especial, conta com a participação de 155 agentes e tem apoio da Brigada Militar, por meio do 15º Batalhão de Polícia Militar e do Batalhão Ambiental. Servidores do Ibama e membros da ong Reprass também acompanharam a ação.
Informações: portal GZH.