Polícia Civil indicia três por envolvimento na morte de taxista
Polícia divulgou fotos dos acusados
O Departamento de Polícia Civil de Tapes através da delegada Liliane Pasternak Kramm responsável pelo inquérito instaurado para apurar as circunstâncias do desaparecimento e morte do taxista Hervandil Gomes Garcia, de 66 anos, indiciou três suspeitos por envolvimento no crime.
Em entrevista ao jornal Regional, a delegada Liliane afirmou que as investigações confirmaram que o crime se tratou de um latrocínio, ou seja, roubo precedido de morte. A polícia entrou na justiça com o pedido de prisão preventiva dos três suspeitos no dia 14 de julho, após ter chegado através da investigação até às provas circunstanciais do envolvimento dos elementos no crime. Tiveram o decreto de prisão preventiva deferido pela justiça os suspeitos: Diogo Welisson Guedes da Silva, Jonatas Barbosa Soares e Maicon Silva da Rosa.
Segundo informações, o indivíduo Maicon Silva da Rosa foi preso em Guaíba durante uma operação do DENARC quando estava numa “Boca de Fumo” – local frequentado por traficantes e usuários de drogas. Maicon já havia sido preso em Tapes, dias depois da confirmação da morte do taxista. Na ocasião, o suspeito foi preso, pois portava um revólver cal.38, que segundo a delegada, pode ter sido utilizado na morte do taxista. A arma foi encaminhada para o IGP onde passará por perícia, sendo que o resultado pode levar, de três a seis meses, para ficar pronto.
Para a delegada, Maicon é o suspeito que mais interessa as investigações. “Ele tem um maior número de antecedentes criminais e oferece uma periculosidade maior para a sociedade (…)”, ressaltou.
Outro acusado, Diogo Welisson Guedes da Silva, morador da localidade de Pitas, em Sentinela do Sul, que teve o envolvimento no crime constatado na investigação está preso no Presídio Central em POA, após praticar um roubo a veículo numa noite posterior ao desaparecimento de Hervandil.
O terceiro acusado, Jonatas Barbosa Soares, encontra-se foragido da justiça. De acordo com a delegada, os três indivíduos, no seu estado de direito, negam a participação no crime. “O Jonatas afirma que participou conduzindo o táxi para o local onde foi encontrado, contudo a polícia acredita que os três estivessem juntos na hora do assassinato”, afirmou Pasternak.
A delegada assegurou que a Polícia Civil tem elementos suficientes para concluir o inquérito policial que levará a condenação dos três acusados.
O CRIME
O taxista “Vando” havia desaparecido no sábado (27/06), após ser chamado para realizar uma corrida ao anoitecer daquele dia. O corpo do pai de família só foi encontrado na madrugada de segunda-feira (29) por populares e Corpo de Bombeiros Voluntários de Tapes em uma mata, às margens da Estrada Alvorada, interior do município de Tapes. O táxi foi encontrado numa estrada vicinal no município de Barra do Ribeiro. A morte do taxista comoveu a comunidade da região que pedia justiça e temia que o crime ficasse impune.