Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso portal, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com este monitoramento. Leia mais na nossa Política de Privacidade.

15 de fevereiro de 2025
  • esporte banner desktop ok
  • CLIQUE AQUI (1)

Líder de seita é suspeito de desviar mais de R$ 20 milhões de seguidores em Viamão

De acordo com a investigação, os seguidores da seita eram induzidos a contrair empréstimos e entregar o dinheiro para a comunidade


Por Pablo Bierhals Publicado 12/12/2024
Ouvir: 00:00
1280 x 720 – 2024-12-12T105902.609
fOTO: Polícia Civil / Divulgação. Homem é suspeito de desviar quase R$ 20 milhões de seita em Viamão para pagar viagens de luxo e apostas online.

A Polícia Civil realizou, nesta quarta-feira (11), uma operação na sede da seita Osho Rachana, localizada em uma área isolada de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A ação, autorizada pela 3ª Vara Criminal de Viamão, investiga práticas de tortura psicológica, curandeirismo, estelionato e outros crimes financeiros.

De acordo com as autoridades, o líder da seita, um homem de 69 anos, é suspeito de desviar mais de R$ 20 milhões obtidos de seguidores, que eram induzidos a contrair empréstimos e entregar o dinheiro para a comunidade. Os valores, no entanto, teriam sido usados para pagar viagens de luxo, apostas online e outras despesas pessoais, gerando um prejuízo estimado de R$ 4 milhões.

📱 Clique para receber notícias de graça pelo WhatsApp.

Dinâmica da seita e denúncias

A seita oferecia “imersões e terapias bioenergéticas alternativas”, incluindo práticas de meditação e sexo livre, com pacotes que custavam entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. Além disso, os seguidores pagavam mensalidades para viver no local. Após a adesão, muitos eram obrigados a vender pães e agendas nas ruas de Porto Alegre, com a promessa de que o dinheiro seria revertido para a comunidade.

Ex-integrantes relataram ao Ministério Público que sofreram tortura psicológica e patrimonial, além de serem coagidos após compartilharem informações pessoais com o líder, descrito como “guru espiritual”. As investigações também apuram denúncias de agressões físicas durante sessões de meditação e possíveis crimes contra crianças e adolescentes, incluindo posse de materiais de abuso sexual infantil.

Ação policial

Durante a operação, os agentes apreenderam documentos, celulares, computadores, máquinas de cartão e fotografias. Apesar das evidências coletadas, ninguém foi preso até o momento.

O grupo foi procurado pela reportagem de GZH, mas não respondeu às solicitações. A Polícia Civil segue analisando os materiais apreendidos para aprofundar as investigações.

  • CLIQUE AQUI (1)
  • esporte banner desktop ok