Homem apontado como líder do tráfico em Canela é executado na frente da família no litoral Norte
O homem foi executado na última terça-feira (20), na frente da esposa e das filhas, de 4 e 12 anos
Renan, de 32 anos, apontado como o líder do tráfico em Canela, na Serra gaúcha, foi morto a tiros na noite da última terça-feira (20), em Osório, na Serra Gaúcha, cidade onde havia se mudado recentemente. O homem foi executado na frente da esposa e das filhas, de 4 e 12 anos.
Conforme a Brigada Militar, o atentado ocorreu próximo às 19h30, quando a família estacionava um Citroën para jantar em uma churrascaria às margens da Estrada do Mar, próximo ao km 3 da ERS-389. O ataque foi cometido pouco após ele sair do automóvel.
Relatos dão conta que três homens encapuzados e armados com pistolas teriam desembarcado de uma caminhonete Chevrolet Tracker escura, efetuado os disparos e depois fugido. Ninguém foi preso até o momento.
Operação Renânia
Uma residência em Xangri-lá avaliada em mais de R$ 1 milhão, na qual o traficante morava, foi alvo da segunda fase da Operação Renânia, em setembro de 2023. A ofensiva resultou de uma investigação que apontava o homem como principal distribuidor de cocaína em Canela.
De acordo com a Polícia Civil, ele era líder de um grupo que arrecadava mais de R$ 300 mil por mês através do tráfico. O esquema operava através de telentrega, com foco em usuários de alto poder aquisitivo.
O homem também foi investigado durante a primeira fase da operação, que ocorreu em 2017. O criminoso também foi alvo da Operação Rato do Banhado, em 2019.
Operação Xeque-Mate
O traficante também foi alvo da Operação Xeque-Mate, deflagrada em outubro de 2020, sendo preso preventivamente em fevereiro de 2021. Na ocasião, ele foi detido em Garopaba, em Santa Catarina, quando guiava um Mercedes-Benz avaliada em R$ 200 mil.
Ele acabou fugindo após ter a medida revogada, mas foi capturado novamente no dia 15 de setembro de 2023. Quase três meses depois, em 12 de dezembro, ele foi transferido do Presídio Estadual de Canela à Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, após uma investigação constatar que o então presidiário seguia determinando ordens ao tráfico de dentro da cadeia.
Mesmo com vastos antecedentes, em fevereiro, o criminoso ganhou benefício de cumprir pena em regime aberto. Ele morava no litoral Norte desde então, onde já teria sido alvo de uma tentativa de homicídio.