Grávida assassinada em Porto Alegre é sepultada ao lado de bebê
Paula, que estava grávida de nove meses, foi vítima de um assassinato brutal na zona norte da cidade, em um crime que chocou o país
O corpo de Paula Janaina Ferreira Mello, de 25 anos, foi sepultado nesta quinta-feira (17) ao lado do filho, em um momento de grande comoção no Cemitério Municipal de Porto Alegre. Paula, que estava grávida de nove meses, foi vítima de um assassinato brutal na zona norte da cidade, em um crime que chocou o país. O caso ganhou repercussão após a revelação de que a suspeita do crime teria a intenção de roubar o bebê.
A acusada, presa na última semana, teria planejado o crime detalhadamente. Segundo a polícia, ela tentou enganar familiares da vítima com uma mensagem perturbadora, pedindo para “enterrar seu filho primeiro” antes de qualquer ação judicial. A motivação seria o desejo de se passar pela mãe do recém-nascido.
Crime choca a comunidade
De acordo com as investigações, a suspeita, Joseane de Oliveira Jardim, 42 anos, atraiu a vítima para sua residência com o pretexto de entregar doações para o bebê. Uma vez lá, a gestante foi atacada de forma cruel, levando à sua morte. Após o crime, a acusada tentou remover o bebê do corpo da vítima, mas sem sucesso, o que levou à morte da criança ainda no ventre da mãe.
O caso abalou profundamente a comunidade local e gerou reações intensas nas redes sociais. Em uma declaração emocionada, a mãe de Paula chamou o crime de “diabólico”, destacando a frieza e crueldade envolvidas. “Minha filha foi tirada de nós de uma forma monstruosa, e meu neto sequer teve a chance de viver”, desabafou.
Suspeita em custódia
A mulher suspeita foi presa logo após o crime. A polícia conseguiu reunir provas contundentes de sua participação, incluindo a tentativa de manipular os familiares da vítima. Ela será indiciada por homicídio qualificado e tentativa de subtração de incapaz.
A delegada responsável pelo caso, Graziela Zanelli destacou a frieza da suspeita ao tentar encobrir o crime com mensagens enviadas para a família de Paula. “Foi um ato premeditado, e ela demonstrou total falta de empatia, agindo de maneira calculista”, afirmou a delegada. A mulher continua em prisão preventiva enquanto aguarda julgamento.
Investigação e repercussão
A Polícia Civil segue investigando o caso, buscando entender se a suspeita agiu sozinha ou se contou com a ajuda de terceiros. Até o momento, não há indícios de envolvimento de outras pessoas, mas a complexidade do crime demanda uma apuração minuciosa.
Este caso reacendeu o debate sobre a vulnerabilidade de mulheres grávidas e os riscos que elas podem enfrentar. Entidades de defesa dos direitos das mulheres têm se mobilizado, cobrando medidas mais rigorosas para garantir a segurança de gestantes e mães em situação de vulnerabilidade.
Um luto coletivo
O sepultamento de Paula e seu bebê foi marcado por muita emoção e indignação. Familiares, amigos e membros da comunidade se reuniram para prestar as últimas homenagens à jovem mãe, cuja vida foi interrompida de forma tão trágica. O clima era de profunda tristeza, mas também de revolta.
A vítima era descrita como uma mulher carinhosa, dedicada à sua família e ansiosa pela chegada do filho.
O caso continua a ser investigado, e a expectativa é que o julgamento da suspeita traga alguma forma de justiça para a família e para a comunidade abalada por este crime bárbaro.