Fábrica clandestina de cigarros é fechada e 17 pessoas são presas pela Polícia Civil na região Central do RS
As máquinas encontradas na indústria são capazes de produzir até 150 mil maços por dia, o equivalente a 3 milhões de cigarros

Uma fábrica clandestina de cigarros foi fechada pela Polícia Civil, na área rural de Agudo, na região Central do Rio Grande do Sul. A ação conjunta de policiais civis de Santa Maria e do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) prendeu 17 paraguaios que estavam no local.
Conforme a Polícia Civil, os trabalhados, que produziam marcas paraguaias de cigarro para venda no Brasil, trabalhavam de forma semelhante à escravidão. A descoberta é resultado de três meses de investigações.
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A cerca de 10 quilômetros da RS-287, que liga Santa Maria a Porto Alegre, funcionava a fábrica clandestina dentro de uma antiga empresa de beneficiamento de arroz. O local da indústria também é próxima ao io Jacuí, por onde a mercadoria ilegal pode também ser escoada para a Capital, por meio de barcos.
As máquinas encontradas na indústria são capazes de produzir até 150 mil maços por dia, o equivalente a 3 milhões de cigarros. A máquina funcionava dia e noite, ao longo de 24 horas, sete dias por semana. As marcas produzidas ali eram 51 e Egipt. A estimativa é que possam ter rendido R$ 300 mil por dia aos criminosos.
Os policiais concluíram que se tratava de uma fábrica de cigarros porque veículos que chegavam na suposta arrozeira estavam em nome de pessoas com vínculos com contrabando e tráfico de drogas. A suspeita dos policiais é de que os fabricantes de cigarro ilegal tenham feito consórcio com um grande traficante da fronteira, na região de São Borja. Eles também estariam trocando cigarro por armas e droga na Argentina.
Os envolvidos devem responder por organização criminosa e fabricar e vender produto impróprio para consumo.