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18 de janeiro de 2025
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Dois réus são condenados e um absolvido após mais de 14 horas de julgamento em Camaquã

As penas foram fixadas em 18 anos de reclusão em regime fechado


Por Pablo Bierhals Publicado 05/12/2024
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Foto: Foro de Camaquã

Na madrugada desta quinta-feira (5), o Tribunal do Júri de Camaquã condenou Márcio Alexandre dos Santos Pogorzelski, conhecido como “Marimba”, e Everton Mello Pontes, o “Quadrado”, pelo homicídio duplamente qualificado de André Silva Costa, ocorrido na madrugada de 29 de maio de 2011. As penas foram fixadas em 18 anos de reclusão em regime fechado. O terceiro réu, Jéferson Oliveira da Silva, o “Biju”, foi absolvido das acusações.

O julgamento, realizado no Foro de Camaquã, iniciou às 8h30 e contou com pausas de uma hora para almoço e jantar, além de três intervalos de 30 minutos ao longo do dia.

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O caso

O crime ocorreu em meio a uma disputa no ramo de jogos de azar. Segundo a acusação, Márcio teria sido o mandante do assassinato, motivado por rivalidades comerciais com a vítima. Everton e Jéferson foram apontados como os executores. O homicídio foi classificado como duplamente qualificado, tendo como agravantes o motivo torpe (mediante pagamento) e a impossibilidade de defesa da vítima.

Mudança de data e histórico do caso

Originalmente marcado para 2 de outubro, o julgamento foi adiado devido a um atestado médico apresentado pelo advogado de defesa de Márcio, Dr. Jader Marques, conhecido por sua atuação no Caso Kiss.

Este foi o segundo julgamento do caso. No primeiro Tribunal do Júri, realizado anteriormente, os três réus haviam sido condenados a 12 anos de prisão. Entretanto, a defesa de Márcio recorreu, e o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul anulou a decisão, apontando falhas na formulação dos quesitos apresentados aos jurados.

Decisão do Júri

Após mais de 14 horas de julgamento, o Conselho de Sentença acatou os argumentos da acusação em relação a Márcio e Everton, resultando na condenação de ambos. Já Jéferson foi absolvido, com base nas provas apresentadas.

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A acusação contou com os promotores Fernando Mello Müller (direita) e Francisco Saldanha Lauenstein(centro), com o assistente Guilherme Gaspar Justo Neutzling (esquerda).

O caso teve grande repercussão local, em virtude da gravidade do crime e da longa disputa judicial que culminou na decisão desta quarta-feira. Ainda cabe recurso.

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