Desaparecimento em Canoas: polícia investiga sumiço de três jovens após churrasco
Desde o dia 6 de abril, Pedro Henrique Di Benedetto Rodrigues, Vítor Juan Santiago e Carolina Oliveira de Lima não deram mais notícias

O desaparecimento em Canoas de três jovens após um encontro entre amigos tem mobilizado as autoridades e despertado comoção nas redes sociais. Desde o dia 6 de abril, Pedro Henrique Di Benedetto Rodrigues, Vítor Juan Santiago e Carolina Oliveira de Lima não deram mais notícias. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município.
Leia outras notícias de Polícia no Clic Camaquã
📱 Clique para receber notícias de graça pelo WhatsApp.
Os jovens participaram de um churrasco na cidade, localizada na região metropolitana de Porto Alegre. Durante a confraternização, receberam uma ligação misteriosa e saíram do local sem avisar para onde iam. Desde então, nenhum deles foi visto novamente.
O carro usado por um dos rapazes foi localizado dois dias depois, abandonado em uma área afastada. O veículo era utilizado por Pedro Henrique em atividades do dia a dia, o que aumenta o mistério sobre o paradeiro do grupo.
Desaparecimento em Canoas: Quem são os jovens desaparecidos
Pedro Henrique, Vítor Juan e Carolina têm idades entre 18 e 24 anos. Apesar de estarem juntos no momento do desaparecimento, eles não possuem laços familiares. O que os unia era a amizade e a convivência em um mesmo círculo social.
Segundo informações da Polícia Civil, Pedro Henrique e Vítor Juan têm antecedentes por tráfico de drogas. Já Carolina Oliveira não possui registros criminais. Essa diferença de histórico tem sido levada em conta nas investigações, mas até agora nenhuma linha de apuração foi descartada.
O fato de os três desaparecerem juntos levanta diversas hipóteses, desde envolvimento com o crime organizado até um possível sequestro motivado por questões pessoais ou dívidas. A delegada responsável pelo caso, Graziela Zinelli, reconhece que o tempo é um fator crucial nas buscas.
Desaparecimento em Canoas: Investigação segue em andamento, mas com poucas pistas
A investigação sobre o desaparecimento em Canoas enfrenta dificuldades conforme os dias passam. A polícia tem analisado câmeras de segurança, feito diligências em áreas rurais e recebido denúncias anônimas, mas até agora nenhuma pista concreta surgiu.
“Seguimos trabalhando com empenho. Mas quanto mais tempo passa, mais nos aproximamos da linha de que esses jovens possam não estar vivos”, afirmou a delegada Zinelli. A Polícia Civil reforça que informações podem ser repassadas anonimamente pelo telefone 0800 642 0121.
Familiares e amigos dos desaparecidos têm utilizado as redes sociais para divulgar fotos e apelos emocionados. O objetivo é sensibilizar a população e incentivar que qualquer informação, por menor que pareça, seja compartilhada com as autoridades.
A dor das famílias: entre a angústia e a esperança
A mãe de Carolina, Katia Oliveira, tem sido uma das vozes mais ativas na busca por respostas. Em suas postagens, ela pede apoio da comunidade e agradece pelas mensagens de solidariedade que tem recebido. Para ela, o silêncio em torno do caso não significa o fim.
“Enquanto não houver corpos, não há mortos. Ainda é um desaparecimento, e precisamos manter o foco na busca”, disse Katia, em uma das publicações. O sentimento de incerteza é compartilhado por familiares dos outros dois jovens, que também têm recorrido à imprensa e às redes sociais.
A mobilização tem gerado grande repercussão em Canoas e em outras cidades da Grande Porto Alegre. Internautas têm compartilhado as fotos dos jovens com a hashtag #DesaparecidosEmCanoas, ajudando a manter o caso em evidência.
Desaparecimentos na região: um alerta para a sociedade
O caso de Canoas chama atenção para o número crescente de desaparecimentos no Rio Grande do Sul. Apenas nos três primeiros meses do ano, foram registradas centenas de ocorrências semelhantes, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-RS).
A ausência de uma política eficaz de prevenção e a demora nas investigações ainda são pontos críticos no enfrentamento desse tipo de crime. Muitas famílias reclamam da falta de suporte psicológico e da lentidão nos primeiros dias, que são cruciais para a localização de desaparecidos.
Especialistas defendem a criação de um protocolo de emergência para casos como este, com envolvimento direto de diversas frentes — incluindo polícia, Ministério Público e assistência social.
A importância da divulgação e do apoio da comunidade
Manter a visibilidade dos desaparecimentos é essencial para pressionar por respostas e aumentar as chances de localização. A divulgação constante do caso, tanto na imprensa quanto nas redes sociais, tem se mostrado uma ferramenta poderosa para gerar pistas e mobilizar voluntários.
Em Canoas, grupos de moradores têm se organizado para realizar buscas em áreas de mata e distribuir cartazes em bairros próximos. A solidariedade entre desconhecidos tem sido um dos poucos alívios para as famílias neste momento de aflição.
Para quem tem informações, é fundamental que entre em contato com a polícia. O sigilo é garantido e qualquer detalhe pode ser decisivo para elucidar o desaparecimento dos três jovens.