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Aplicação de silicone industrial em procedimento caseiro mata mulher trans no Litoral Norte

O procedimento foi realizado por outra mulher trans que fugiu do local após perceber que a vítima estava passando mal


Por Kathrein Silva Publicado 24/03/2025
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Foto: Divulgação/ Polícia Civil

A aplicação de silicone industrial em procedimento caseiro nas nádegas matou uma mulher trans, em Capão da Canoa, no Litoral Norte. O caso ocorreu no último domingo (23). O procedimento foi realizado por outra mulher trans que fugiu do local após perceber que a vítima estava passando mal.

A vítima foi buscada pela suspeita em Porto Alegre e a levou até Capão da Canoa para realizar o procedimento. Uma amiga da vítima acompanhou todo o processo. Ambas sabiam que outras pessoas já haviam morrido após aplicações feitas pela suspeita, mas decidiram seguir adiante.

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No sábado (22), as três mulheres teriam ido a um terreiro em Santo Antônio da Patrulha, onde participaram de um ritual espiritual. De acordo com o relato da amiga, um pai de santo teria afirmado que tudo correria bem.

Conforme a polícia, o procedimento iniciou no apartamento da vítima. Segundo relato da amiga, em determinado momento a suspeita teria percebido que a vítima não estava bem e teria pedido para ela buscar uma água. Depois, solicitou leite com sal, acreditando que o estado da vítima estava piorando.

No entanto, a situação se agravou e, antes que o socorro chegasse, a suspeita teria recolhido seu material e ido embora. A amiga pediu ajuda a vizinhos e acionou o SAMU, mas a vítima já estava sem vida quando os socorristas chegaram.

A suspeita é investigada por outras duas mortes. A polícia investiga o caso como homicídio doloso (quando há intenção ou aceitação do risco de matar) e exercício ilegal da medicina.

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) esteve no local para realizar a perícia, e o corpo foi encaminhado ao Departamento Médico-Legal (DML) para necropsia.