Prefeitura apresenta estudo hidrológico para resolver alagamentos em Camaquã
Relatório final do estudo hidrológico do município foi apresentado pelo Poder Executivo de Camaquã nesta semana
Na quarta-feira (4), foi apresentado o relatório final do estudo hidrológico de Camaquã à comunidade no auditório da Secretaria da Educação e Desporto. A partir do estudo hidrológico, foi elaborado o Plano de Gerenciamento de Águas de Camaquã, que servirá como norteador das ações a serem tomadas para resolver problemas de alagamentos em toda a cidade.
A abertura dos trabalhos foi realizada pelo prefeito, Ivo de Lima Ferreira, e pelo secretário Especial de Governo, Rafael de Moura.
Ivo e Rafael destacaram em suas falas que a realização do estudo hidrológico é uma iniciativa do Executivo Municipal buscando dar embasamento técnico para futuras buscas de recursos financeiros para grandes obras de drenagem no município.
A condução da apresentação ficou sob a responsabilidade do engenheiro geólogo, Luis Frizzo, do biólogo, Jeferson Rosa, do hidrólogo, Silvio Scartazini, do engenheiro de minas, Gustavo Tomasi, e do advogado especialista em questões ambientais, Flávio Barbosa, todos representantes da empresa ROOS.
O Plano de Gerenciamento de Águas vai abranger foi dividido em pelas áreas: politico-institucional, sistêmica, sustentabilidade, manutenção constante e controle do escoamento.
De início, os representantes da ROOS caracterizaram os problemas recorrentes de enchentes e alagamentos, e destacaram que eram causados principalmente pela ocupação desordenada do território do município.
Também foram apresentados os principais pontos de risco de alagamento no município na atual conjuntura hídrica de Camaquã.
A empresa também realizou uma avaliação de todo o sistema de drenagem do município. Os palestrantes apontaram que hoje o município trabalha com um sistema de drenagem formado apenas com canais/drenos.
A partir dessa avaliação, a ROOS apresentou algumas soluções para que o município consiga evitar os problemas com alagamentos e os riscos em casos de enchentes.
Os especialistas apontaram dois caminhos divididos em projetos de drenos capazes de suportar chuvas de 10 e 25 anos, porém agregaram a este sistema bacias de detenção, o que elevaria a capacidade de suportar o volume de chuvas maiores de até 100 anos.
Além disso, os especialistas ressaltaram que as regras de funcionamento correto do sistema dependem da manutenção dos escoadouros, da educação ambiental e de sempre utilizar a natureza a seu favor.
Com a entrega do estudo hidrológico apontando os gargalos existentes e as soluções para os mesmos, o Poder Público poderá atuar de maneira mais efetiva na resolução dos problemas de alagamentos existentes no município e na prevenção aos riscos em casos de enchentes.