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14 de dezembro de 2024
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Número de casos notificados de coqueluche cresce em 2024

Principais focos estão no Paraná e em São Paulo


Por Celiomar Garcia Publicado 15/11/2024
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Termina às 23h59 desta sexta-feira (15), feriado da Proclamação da República, o prazo para que os inscritos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 que faltaram ao primeiro ou ao segundo dia de provas, em casos específicos, solicitem a reaplicação do exame.

O ano de 2024 teve 3.253 registros de casos notificados de coqueluche, o que o torna o ano com mais casos desde 2014, quando foram registrados 8.622 casos da doença. Em 2013 foram contabilizadas 3.113 pessoas doentes, segundo painel epidemiológico do Ministério da Saúde (MS).

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Os índices de coqueluche começaram a cair a partir de 1990, quando eram cerca de 10 casos por 100 mil habitantes (índice de 10,0) com o aumento da vacinação da população. Neste ano, somente o estado do Paraná teve índice nesse patamar, registrando coeficiente de 10,60.

Segundo a infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio Libanês, o principal motivo para o aumento dos casos neste ano é a queda na vacinação, que deveria estar no patamar de 95%. Ela também cita o melhor acesso a exames laboratoriais que usam biologia molecular, mais acessíveis nos últimos anos, o que melhorou a capacidade de confirmar os casos.

Outro fator de aumento nos casos é a ausência de reforço vacinal para adolescentes. “No Brasil a vacina que protege contra coqueluche é aplicada nas crianças pequenas (com menos de 6 meses) e nos reforços nas crianças após 1 ano de idade. Os adolescentes não recebem o reforço que aumenta a proteção contra a coqueluche, diferente do que acontece nos Estados Unidos e na Europa”, explicou Dal Ben.

Casos
No Paraná estão 4 das 13 mortes registradas esse ano, segundo o Ministério da Saúde, e 1.224 casos. São Paulo é o segundo estado em total de casos, com 870 casos registrados no último boletim.

A cobertura vacinal no Paraná para a vacina pentavalente em crianças é de 90%, enquanto a da DTP é de 86% no estado. Para gestantes, o índice das que não se vacinaram é de 53,3% (21.253 gestantes).

A queda na vacinação de gestantes é preocupante, pois são estratégicas para evitar a doença em crianças. “Essa vacinação é extremamente importante, porque isso ajuda a proteger o bebê que vai nascer, que está ali na população mais vulnerável, com maior risco de adoecer gravemente, e a gente vacina também os profissionais de saúde que lidam com essas crianças pequenas”, concluiu Dal Ben.

Em São Paulo, a média de cobertura para crianças estava em 86,1% em setembro.

Doença
A coqueluche é uma infecção respiratória transmissível causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Ela compromete o aparelho respiratório, traqueia e brônquios, e se caracteriza por ataques de tosse seca. Presente no mundo todo, a doença é transmitida por tosse, espirro ou fala de pessoa contaminada.

A vacina é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o esquema primário inclui três pentavalente aos 2, 4 e 6 meses. Em seguida há reforços com DTP, que protege contra difteria, tétano e pertussis – tríplice bacteriana.

Fonte: Agência Brasil

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