Opositor de Maduro se exila na Espanha após ordem de prisão
O diplomata de 75 anos, que estava escondido desde 30 de julho, reivindica a vitória nas eleições
O ex-candidato à presidência da Venezuela, Edmundo González, desembarcou em Madri no domingo (8) depois de receber uma ordem de prisão após ignorar três intimações para prestar depoimento. Até o momento ainda não foram divulgadas oficialmente todas atas eleitorais e o diplomata contesta o resultado das eleições, sendo investigado pela publicação de parte das atas em um site.
O ex-candidato disse, após chegar ao exílio em Madri, que sua saída de Caracas esteve “rodeada de episódios de pressão, coerções e ameaças”. Conforme o ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, o venezuelano embarcou em um voo da Força Aérea espanhola. “Ele também solicitou para ser beneficiado pelo direito de asilo, que certamente o governo espanhol vai processar e conceder”, acrescentou em publicação no X, antigo Twitter.
O diplomata de 75 anos, que estava escondido desde 30 de julho, reivindica a vitória nas eleições que, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), resultaram na reeleição de Maduro. O CNE não divulgou as atas de votação de cada seção eleitoral, como a lei exige, alegando que seu sistema foi alvo de ataque de hackers.