Investimento de R$ 195 milhões deve ser realizado para tratamento de esgoto em Camaquã
O município atualmente não tem esgoto tratado e precisa, de acordo com o Novo Marco do Saneamento Básico, chegar a 90% de tratamento até 2033
Em palestra realizada nesta quinta-feira (15), durante a reunião almoço da Associação Comercial e Industrial de Camaquã (ACIC), o diretor de relações institucionais da AEGEA Saneamento, Fabiano Dallazen, anunciou um investimento previsto em R$ 195 milhões para tratamento de esgoto em Camaquã.
O município atualmente não tem esgoto tratado e precisa, de acordo com o Novo Marco do Saneamento Básico, chegar a 90% de tratamento até 2033. Este investimento ocorre por parte da companhia, sem contrapartida da administração municipal. O poder público, no entanto, deve sinalizar o desejo de receber o investimento e viabilizar o processo contratual de renovação da licitação com a empresa.
Durante a reunião, o procurador do município, Fabiano Ribeiro, destacou que a Prefeitura Municipal, insatisfeita e no entendimento de não haver garantias do investimento dentro do prazo, possibilitou que uma outra empresa realizasse estudos sobre o saneamento básico em Camaquã, abrindo inclusive a possibilidade de uma nova licitação e mudança de empresa que preste o serviço.
De acordo com Dallazen, o plano de investimento da AEGEA, através da Corsan, deve ser apresentado ao município ainda neste ano, sendo o projeto que avança mais rápido na região. O início do investimento, por parte da AEGEA, só ocorre em caso de renovação contratual. O diretor ainda destaca que, caso o valor do investimento seja ainda maior que os R$ 195 milhões, a responsabilidade do “prejuízo” é da empresa com a concessão.
Ainda durante a palestra, Dallazen reforçou a importância do investimento em saneamento básico, trazendo dados sobre os benefícios do esgoto tratado: “para cada R$ 1 investido em saneamento são economizados R$ 4 em saúde”. Isto seria resultado da redução de problemas relacionados a insalubridades que comunidades sem tratamento de esgoto são submetidas.
Confira abaixo mais informações apresentadas na palestra:
Texto: Pablo Bierhals