Camaquense participa de primeira prova de pista e irá defender a Sogipa no Estadual
Laura Bartz obteve a segunda colocação correndo pela categoria de 9 a 11 anos com a distância de 300 metros e irá representar a Sogipa no Estadual 60 metros com barreira
No último domingo (22), a atleta Laura Bartz participou na cidade de Osório, litoral Norte do Rio Grande do Sul de sua primeira prova de corrida em competição de pista. Ela obteve a segunda colocação correndo pela categoria de 9 a 11 anos com a distância de 300 metros.
Além de seguir treinando sob a orientação de Allende Bueno, Laurinha completou um mês de treinos também na Sogipa. A camaquense treina uma vez por semana na capital dos gaúchos num dos maiores clubes de atletismo do estado e irá representar a Sogipa no Estadual 60 metros com barreira.
Conheça um pouco sobre a Sogipa
A Sogipa (Sociedade de Ginástica Porto Alegre) foi fundada como Deutscher Turnverein (Sociedade Alemã de Ginástica) em 1867 por um grupo de imigrantes alemães. A iniciativa foi do comerciante Alfred Schütt, que trouxe de sua terra natal (Hamburgo) a cultura Turnen, traduzida como “prática de ginástica”. O empreendimento inicial contou com a participação de 25 sócios.
Desde sua fundação, o clube passou por momentos difíceis até acertar o passo. O “forte carvalho” que veio a se constituir a Sogipa não conseguia sair do projeto, sofrendo crises, desagregações. A existência entre os anos 1887 e 1892 de duas sociedades de ginástica em Porto Alegre mostra bem isso. É em 1892 que o quadro começa a mudar. Nesse ano, é fundado o Turnerbund (pela fusão do Deutscher Turnerverein ao Turnklub).
Em suas primeiras décadas de existência, a Sogipa tinha como atividades principais a ginástica, o tiro ao alvo, o teatro e a realização de reuniões dançantes. Nesse período, a ginástica era praticada apenas por homens. Com o passar do tempo e o desenvolvimento desta modalidade, surgiram grupos de ginástica de todas as idades.
Também a natação e a esgrima começaram a fazer parte do leque de atividades do clube. As excurções ou passeios eram frequentes tendo como destino a “Caixa DÁgua”, outros “arrebaldes” de Porto Alegre, como Belém Velho, ou localidades próximas à capital, como Canoas e Sapucaia do Sul.
O século XX viu o esporte desenvolver-se na Sogipa: atletismo, botão, punhobol, tênis, basquete, vôlei, tênis de mesa, judô, bocha, patinação, futebol, além da ginástica, esgrima e natação. No âmbito da cultura, surgiram grupos folclóricos, como o de Bávaros e o de Cultura Gaúcha.
Também se desenvolveram o Plenitude, reunindo pessoas da “melhor idade”, e incrementou-se o acervo da biblioteca sogipana, além dos grupos de escoteiros e bandeirantes. Foram criados eventos para todas as idades, da criança ao idoso, do rock ao bolero, do tradicionalista ao clássico, do pequeno ao grande público, do traje esportivo ao gala.
A Sogipa do século XXI não é mais a mesma que “Porto Alegre viu nascer”. Nas últimas décadas, ampliou-se consideravelmente o quadro de associados, o número de atividades, as participações em eventos esportivos, as relações com outros clubes sociais.
A Sogipa de hoje não é mais uma sociedade voltada aos descendentes de alemães ou à preservação da identidade étnica, mas um clube multifacetado, no qual diversos interesses, diferentes personagens se encontram e interagem.