Empresa gaúcha é condenada a indenizar cozinheira chamada de ‘negrinha’ e excluída de reuniões por chefe
Justiça ordenou pagamento de indenização de R$ 15 mil por danos morais. Tanto cozinheira quanto empresa, que fabrica caixas eletrônicos, podem recorrer
Uma empresa de automação foi condenada a pagar R$ 15 mil em indenização por danos morais a uma cozinheira que foi chamada de “negrinha” e excluída de reuniões por sua chefe em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A decisão, proferida em agosto pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) e divulgada na quarta-feira (4), pode ser contestada tanto pela empresa quanto pela funcionária.
A cozinheira trabalhou para a empresa, que atua na indústria de caixas eletrônicos, máquinas de pagamentos e cancelas eletrônicas, durante três anos, de 2017 a 2020. Ela relatou à Justiça que sofreu maus-tratos constantes devido à “conduta ríspida e agressiva” da supervisora, que a discriminava racialmente e a excluía das reuniões.
Além disso, uma testemunha afirmou que a chefe chamava a funcionária de “lerda” e de “negrinha”, e a intimidava na frente dos colegas, frequentemente gritando com ela.