Livro que fortalece representatividade negra na literatura é lançado em São Lourenço do Sul
Lançamento de “A Quilombola Maria Lina” aconteceu no último sábado (14), no salão da Igreja Matriz em São Lourenço do Sul
A estudante de Letras da FURG-SLS, Priscila Ferreira, e a líder do Movimento Negro de São Lourenço do Sul, Vera Macedo, são as autoras da obra “A Quilombola Maria Lina: Luta, Força e Ancestralidade”, lançada no último sábado (14) no salão da Igreja Matriz em São Lourenço do Sul. O livro reforça a representatividade negra na literatura.
Autoras
Priscila Ferreira é estudante de Letras da FURG-SLS, graduada em Biblioteconomia pela Universidade e integrante da Comissão de Assuntos Afro-brasileiros e do Kilombo Literário da FURG. Vera Macedo é ativista negra com mais de 35 anos de atuação, Griô do Movimento Negro Kizumbi e líder do Ponto de Memória Quilombo Maria Lina em São Lourenço do Sul.
Livro
O livro, que aborda a espiritualidade, narra a história da quilombola Maria Lina. Publicada pela editora Pragmatha, com a colaboração de Sandra Veroneze, Priscila compartilhou que contar a história de Maria Lina foi uma experiência emocionante. “Nessa história também nos reconhecemos e reconhecemos nossos ancestrais. Vários trechos da vida dela foram as mesmas situações que os meus avós e a minha mãe viveram. A história de Maria Lina representa todos os negros”, afirmou Priscila em matéria publicada pelo setor de comunicação da FURG.
No dia do lançamento, alunos e professores da FURG compareceram, além de outros que adquiriram a obra, mas não puderam estar presentes. Priscila mencionou que a aceitação da obra superou suas expectativas, destacando que esse resgate histórico contribuirá para a comunidade acadêmica.
“Tanto para os negros, que se sentirão representados, quanto para os não negros, que desejam aplicar práticas antirracistas em sala de aula. Para a comunidade negra em geral, tanto na cidade quanto na zona rural, nos quilombos, eles poderão ver em Maria Lina um pouco de sua própria história, cultura e vivências”, reforçou Ferreira.
Além deste lançamento, Priscila revelou que em breve pretendem realizar um projeto com a FURG para levar a história de Maria Lina para a comunidade acadêmica, permitindo que mais pessoas conheçam, se reconheçam e aprendam mais sobre sua ancestralidade. “Maria Lina é memória, cultura e representatividade”, concluiu.