Censo 2022: 41,9% dos camaquenses não possuem instrução ou tem apenas o fundamental incompleto
Os números do município são inferiores a média nacional; confira

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou mais um compilado de dados do Censo de 2022 nesta quarta-feira (26), com informações sobre o nível de instrução da população. Em Camaquã, 41,9% da população não possui instrução ou tem apenas ensino fundamental incompleto.
Os números do município são inferiores a média nacional.
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Informação | Brasil | Camaquã |
Sem instrução e fundamental incompleto | 32% | 41,9% |
Fundamental completo e médio incompleto | 15,4% | 17,6% |
Médio completo e superior incompleto | 35,8% | 28,1% |
Superior completo | 16,8% | 12,3% |
Em comparação com os municípios da região, os camaquenses são os mais instruídos. Em Chuvisca, 60% não possui instrução ou tem apenas fundamental incompleto, em Arambaré 42,3%, em Tapes 43%, Cristal 56,3% e Dom Feliciano 61,6%. Com ensino superior completo, a porcentagem maior é em Tapes: 12,7%.
Já em comparação com as duas maiores cidades próximas de Camaquã, o município volta a ficar atrás. Em Pelotas, 29,9% não possui instrução ou tem apenas fundamental incompleto e em Porto Alegre a porcentagem cai para 18,9%. No quesito ensino superior completo, Pelotas tem 22% e a capital 31,8%.
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Os dados sobre alfabetização mostram que 4,8% dos camaquenses ainda configuram como analfabetos.
Confira os destaques em nível nacional
- De 2000 a 2022, na população do país com 25 anos ou mais de idade, a proporção dos que tinham nível superior completo cresceu 2,7 vezes: de 6,8% para 18,4%. Nesse período, o percentual de pessoas sem instrução ou sem concluir o ensino fundamental caiu de 63,2% para 35,2%.
- A proporção da população preta com 25 anos ou mais de idade e nível superior completo cresceu 5,8 vezes no período, saindo de 2,1% em 2000 para 11,7% em 2022. Já a população parda com esse nível de ensino cresceu 5,2 vezes, saindo dos 2,4% em 2000 para 12,3% em 2022.
- A proporção da população branca com 25 anos ou mais de idade e nível superior completo cresceu 2,6 vezes no período. As desigualdades permanecem: esse grupo variou dos 9,9% em 2000 para 25,8% em 2022, percentual duas vezes maior que o de pretos ou pardos.
- A população de cor ou raça amarela tem o maior percentual com nível superior completo (44,1%) e a menor proporção de pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto (17,6%).
- De 2000 a 2022, a frequência escolar cresceu nos grupos etários até os 17 anos. Para as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de frequência escolar bruta saltou de 9,4% para 33,9%. Na faixa de 4 a 5 anos, a frequência subiu de 51,4% para 86,7%. No grupo de 6 a 14 anos, próximo da universalização, a taxa foi dos 93,1% aos 98,3%. Na faixa de 15 a 17 anos, a frequência subiu de 77,4% para 85,3%.
- O único grupo com recuo na frequência escolar foi o dos 18 aos 24 anos: 31,3% em 2000 e 27,7% em 2022, devido à redução da parcela desses jovens no ensino médio ou em níveis anteriores.
- Em 2022, a instrução das mulheres com 25 anos ou mais de idade superava a dos homens. Entre elas, 20,7% tinham nível superior completo. Entre eles, essa proporção era de 15,8%.
- Em 2022, a frequência escolar bruta era de 33,9% na população entre 0 e 3 anos e de 86,7% na faixa de 4 a 5 anos. A Meta 1 do Plano Nacional de Educação (PNE) é uma frequência de, no mínimo, 50% para crianças com até 3 anos e de 100% para as crianças de 4 a 5 anos.
- Entre os 5.570 municípios brasileiros, em apenas 646 a taxa de frequência escolar bruta das crianças de 0 a 3 anos superava 50% (patamar definido na Meta 1 do Plano Nacional de Educação). Em 325 municípios do país, esse indicador estava abaixo de 10%.
- Em 2022, entre as pessoas com graduação em Medicina,75,5% eram brancas, 19,1% eram pardas e 2,8% eram pretas. Já entre as pessoas com graduação em Serviço social, 47,2% eram brancas, 40,2% eram pardas e 11,8% eram pretas.