18 escolas do RS permanecem fechadas desde as enchentes
Os dados foram divulgados na coletiva de imprensa da Secretaria Estadual da Educação realizada na última segunda-feira (5)
Após três meses desde o início das enchentes, 18 escolas do Rio Grande do Sul permanecem fechadas, com as aulas sendo realizadas em outros formatos. Conforme a Secretaria Estadual da Educação, 16 destas devem retomar as atividades presenciais até 12 de agosto. Os dados foram divulgados na coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (5).
Durante o evento, ocorrido no Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, estiveram as secretárias da Educação, Raquel Teixeira, e de Obras Públicas, Izabel Matte, que apresentaram um panorama sobre o retorno presencial das atividades na Rede Estadual.
Desde o início das enchentes, 2.320 escolas da Rede Estadual retomam as atividades presenciais neste início de agosto. Com isso, cerca de 735 mil estudantes voltaram às salas de aula em todo o estado, incluindo alunos de 32 escolas que estavam, até então, com aulas remotas, híbridas ou em regime de revezamento.
Apenas a Escola Estadual de Ensino Fundamental São Caetano, de Porto Alegre, e o Colégio Estadual Tereza Francescutti, de Canoas, ainda não têm previsão de retorno, pois necessitam de reformas complexas. No entanto, elas estão operando em espaços provisórios.
Para garantir a retomada, o governo do Estado investiu R$ 129,1 milhões desde o começo da crise meteorológica. Os valores foram divididos em reposição de mobiliário, parcelas extras de autonomia financeira, repasses para merenda, equipamentos e obras nas 606 escolas que registraram danos de infraestrutura:
- Parcela eventual de autonomia financeira para 636 escolas: R$ 51,5 milhões;
- Repasse extra para merenda escolar em 2.280 escolas: R$ 18,2 milhões;
- Investimento em mobiliário e equipamentos para escolas afetadas: R$ 40,3 milhões
- Obras em escolas atingidas: R$ 19,1 milhões.
Até o momento, 179 escolas já passaram por reparos, sendo 129 em Porto Alegre, 26 em Pelotas e 24 no Vale do Taquari. Os serviços são efetuados via contratação simplificada, modelo segundo o qual as empresas pré-selecionadas ficam à disposição para efetuar as obras. Outras 215 instituições de ensino da rede também serão contempladas com projetos de recuperação que não adotarão a contratação simplificada.
Em relação aos recursos destinados a compra de mobiliário, mais de 27 mil itens foram adquiridos, incluindo 21 mil conjuntos para alunos, 1,7 mil kits para professores e 314 mesas de refeitório. Além disso, mais de 150 escolas necessitaram de reposição de equipamentos de cozinha.
Os repasses começaram em maio, e parte das verbas de autonomia financeira também está sendo utilizada para reparos e obras menos complexas. Cada escola recebeu uma parcela extra de R$ 20 mil, R$ 40 mil ou R$ 80 mil, dependendo dos danos ocorridos na infraestrutura.
Além do acolhimento para alunos e profissionais, os estudantes estão participando de atividades de recomposição de aprendizagem. As escolas contam com atendimento pedagógico e com o programa Estudos de Aprendizagem Contínua, que será fortalecido nas regiões mais afetadas.
Durante a coletiva, também foi apresentado um levantamento dos danos nas escolas da rede, identificando problemas como acúmulo de água e de resíduos, bem como danos a telhados, muros, cercas e instalações elétricas. Em nove escolas de Porto Alegre, foram retirados 1,5 m3 de entulho, o equivalente a 250 caminhões.