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13 de maio de 2025
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Selic atinge 14,75% ao ano com nova alta dos juros

Este é o maior patamar desde agosto de 2006. A decisão confirma as expectativas do mercado e indica uma tentativa do Banco Central (BC) para conter a inflação persistente


Por Kathrein Silva Publicado 08/05/2025
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Foto: Rafa Neddermeye

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, de forma unânime, aumentar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual. Com isso, os juros básicos da economia chegaram a 14,75% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2006. A decisão confirma as expectativas do mercado e indica uma tentativa do Banco Central (BC) para conter a inflação persistente.

O cenário econômico atual apresenta desafios significativos. A alta nos preços dos alimentos e da energia, somada às incertezas globais, tem pressionado o custo de vida. Nesse contexto, o Copom entende que é necessário manter uma postura mais restritiva.

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Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e três de 1 ponto percentual.

Selic elevada afeta crédito, consumo e crescimento

Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Como os juros sobem, o crédito fica mais caro para empresas e consumidores. Isso reduz o consumo e desacelera a produção. Em contrapartida, esse movimento ajuda a conter a inflação, que ainda segue acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,43%. Apesar da desaceleração em relação a março, o preço dos alimentos continua impressionando a inflação. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,49% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação. Os números do IPCA cheio de abril só serão divulgados na próxima sexta-feira (9).

Segundo o boletim Focus, a previsão de expansão do PIB para 2025 é de apenas 2%. Já o próprio Banco Central prevê crescimento ainda menor: 1,9%. Esses números refletem o impacto dos juros altos na atividade econômica.

Banco Central adota cautela para próximas decisões

No comunicado divulgado após a decisão, o Copom evitou antecipar os próximos passos da política monetária. O comitê destacou o alto nível de incerteza e reforçou a necessidade de cautela e flexibilidade. A autoridade monetária deixou claro que acompanhará os dados econômicos antes de tomar novas medidas.

O Banco Central também atualizou suas projeções de inflação. Para 2025, espera-se um IPCA, no cenário de referência, de 4,8%, acima da meta de 3%. Em 2026, a expectativa é de 3,6%.

O que o consumidor pode esperar

Com os juros em 14,75% ao ano, os efeitos devem ser sentidos no dia a dia. Financiamentos, empréstimos e até compras parceladas ficarão mais caros. Em compensação, aplicações de renda fixa tendem a oferecer melhores retornos. Ainda assim, o momento exige planejamento financeiro.

Em comunicado, o Copom não deu pistas sobre o que deve ocorrer na próxima reunião, na metade de junho. Apenas afirmou que o clima de incerteza permanece alto e exigirá prudência da autoridade monetária, tanto em eventuais aumentos futuros como no período em que a Selic deve ficar em 14,75% ao ano.

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