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18 de maio de 2025
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Exportações do RS alcançam US$ 4,7 bilhões no 1º trimestre de 2025 e registram terceiro melhor resultado da história

A fatia gaúcha nas exportações do país subiu de 5,5% para 6,5%, consolidando o RS como o sétimo maior exportador nacional


Por Kathrein Silva Publicado 06/05/2025
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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As exportações do Rio Grande do Sul fecharam o primeiro trimestre de 2025 com um total de US$ 4,7 bilhões, conforme dados divulgados nesta terça-feira (6) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE). O número representa um crescimento de 10,9% em comparação com o mesmo período de 2024, ou seja, US$ 462,4 milhões a mais em valores absolutos. Com esse resultado, o Estado registrou o terceiro melhor desempenho trimestral da série histórica iniciada em 1997.

Mesmo diante de uma retração média de 5,1% nas vendas externas de outros estados brasileiros, o Rio Grande do Sul contrariou a tendência nacional e ampliou sua participação no mercado global. A fatia gaúcha nas exportações do país subiu de 5,5% para 6,5%, consolidando o RS como o sétimo maior exportador nacional.

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Produtos que puxaram o crescimento

O desempenho positivo se deve, em grande parte, ao bom momento de produtos tradicionais da pauta exportadora gaúcha. Entre janeiro e março, os principais itens enviados ao exterior foram:

  • Fumo não manufaturado – US$ 602,8 milhões
  • Cereais – US$ 573,4 milhões
  • Carne de frango – US$ 340,9 milhões
  • Farelo de soja – US$ 271 milhões
  • Celulose – US$ 267 milhões
  • Soja em grão – US$ 242,3 milhões

Ainda assim, quando se observa o crescimento absoluto, a soja em grão lidera a lista com um aumento de US$ 103,5 milhões (alta de 74,5%). Em seguida, aparecem os cereais (+US$ 93 milhões), celulose (+US$ 41,4 milhões), carne de frango (+US$ 38 milhões) e carne suína (+US$ 33,2 milhões).

Por outro lado, nem todos os setores mantiveram o ritmo. As exportações de farelo de soja caíram 11,3%, enquanto os embarques de madeiras e derivados recuaram 28,9%. O setor de colheitadeiras também sofreu uma retração significativa, com queda de 40,4%.

Destinos estratégicos

Durante o primeiro trimestre, 188 países receberam produtos do Rio Grande do Sul. A China manteve-se como o principal destino, absorvendo 15% das exportações do Estado. Na sequência, destacam-se União Europeia (11,1%), Estados Unidos (9,9%), Argentina (7%) e Vietnã (5,6%).

Apesar disso, alguns mercados apresentaram retração, como Filipinas, Japão e Tailândia. Essa oscilação reforça a necessidade de diversificação dos parceiros comerciais, o que vem sendo buscado por meio de iniciativas diplomáticas.

Expectativas para os próximos meses

De acordo com o estudo do DEE, a missão oficial do governo brasileiro ao Japão e Vietnã, realizada em março, pode gerar frutos em breve. Durante o encontro, foram firmados mais de 80 acordos de cooperação, com foco na ampliação das relações comerciais.

Entre os acordos, destaca-se a autorização para a exportação de até 300 mil toneladas de carne bovina ao Vietnã. O país asiático já vem ganhando destaque nas relações com o RS, tendo aumentado sua participação nas exportações de 0,8% em 2018 para 3% em 2024.

Com relação à Argentina, as vendas voltaram a crescer no segundo semestre de 2024. No entanto, as recentes incertezas econômicas no país vizinho podem afetar o desempenho futuro, especialmente nos setores de autopeças, calçados, químicos e automóveis.

Outro fator de preocupação envolve a tarifa de 10% imposta pelos Estados Unidos sobre mercadorias brasileiras. Essa medida, adotada pelo governo Trump, pode alterar o fluxo das exportações gaúchas. Ainda assim, o cenário também abre oportunidades. Caso outros países enfrentem tarifas maiores, o Brasil poderá ganhar competitividade. Além disso, há possibilidade de aumento nas vendas para a China em setores onde o Estado concorre com os norte-americanos.

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