Contrato bilionário para construção de navios é assinado em Rio Grande
O investimento do contrato é de US$ 278 milhões, sendo US$ 69,5 milhões por navio, e de acordo com a cotação do dólar, cerca de R$ 1,6 bilhão

Um contrato para a construção de quatro navios foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta segunda-feira (24), em Rio Grande. O investimento do contrato é de US$ 278 milhões, sendo US$ 69,5 milhões por navio, e de acordo com a cotação do dólar, cerca de R$ 1,6 bilhão.
A iniciativa, que integra o Programa de Renovação e Ampliação da Frota da Transpetro, deve gerar cerca de mil empregos diretos. O presidente desembarcou primeiro em Pelotas, onde foi acompanhado do prefeito Fernando Marroni até Rio Grande. Lula foi até a cidade somente para a assinatura do contrato retornando em seguida para Brasília.
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Durante o discurso, o presidente indagou:
O Brasil é o maior país da América do Sul. Por que a gente não consegue ter uma indústria naval poderosa?
No estaleiro de Rio Grande são construídas embarcações do tipo Handy pela empresa Ecovix, em parceria com a Mac Laren. Os novos navios serão utilizados para transporte de derivados de petróleo na costa brasileira e vão ampliar a capacidade de atendimento da Transpetro à Petrobras.
Magda Chambriard, presidente da Petrobras, explica que essa embarcação é especializado no suprimento de diesel para operações de apoio. Os cascos serão produzidos em Rio Grande e finalizados no Rio de Janeiro.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, em entrevista à Zero Hora afirmou que o primeiro navio deve ser entregue em 30 meses, o segundo, em 36, o terceiro, em 42, e o quarto, em 48. A cada quatro meses, inicia um navio novo. O prazo máximo é de quatro anos.
Com tecnologia mais moderna e eficiente, os novos navios permitirão uma redução de até 20% no consumo de combustível e de até 30% na emissão de gases do efeito estufa, segundo a Transpetro. Além disso, poderão operar com combustíveis mais sustentáveis, como o etanol.
O polo naval de Rio Grande, que, na década de 2010, chegou a contar com 12 mil trabalhadores, hoje conta com cerca de 200, que realizam operações menores, como desmanche e reparos em embarcações. Com a assinatura do contrato, a geração de empregos pode chegar a 1,4 mil.