ALERTA: Ciclone Yakukan avança e traz vento com força de furacão para o RS
Região de Camaquã será diretamente afetada por ciclone que avança sobre o Estado; de acordo com a MetSul, este pode ser o evento mais intenso em quase 20 anos
Um ciclone de rara intensidade e trajetória alcança o Rio Grande do Sul com vento extremamente forte e com alto risco de danos e comprometimento de serviços públicos. O alerta foi emitido nas últimas horas pela MetSul Meteorologia e afeta diretamente os municípios da região de Camaquã.
A meteorologista da MetSul Meteorologia, Estael Sias, alerta que um ciclone de trajetória incomum e rara intensidade atingirá o Rio Grande do Sul e Santa Catarina entre esta terça (17) e a quarta-feira (18).
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Confira o alerta emitido pela meteorologista em relação ao Ciclone Yakucan:
O ciclone provocará rajadas de vento extremamente fortes e mesmo destrutivas que podem atingir força de furacão em alguns pontos com velocidade acima de 100 km/h em diversas localidades e superiores a 120 km/h em parte do Leste gaúcho.
Trata-se de situação de elevado perigo meteorológico e de extremo risco à população com alta probabilidade de danos e comprometimento de serviços públicos essenciais como luz e água.
Moradores de municípios do Sul e do Leste do Rio Grande do Sul devem enfrentar várias horas seguidas de vento muito forte a intenso com rajadas por vezes violentas em intensidade.
Os modelos numéricos convergem em indicar um ciclone de trajetória retrógrada, do mar para o continente, em direção ao Sul gaúcho e que depois se moveria de Sul para Norte sobre o Leste do Rio Grande do Sul ou margeando a costa do Estado até alcançar o Sul de Santa Catarina, onde recurvaria novamente em direção ao oceano, perdendo intensidade.
Todos os dados de modelos meteorológicos, sem exceção, indicam um ciclone muito intenso e com valores de pressão extremamente baixos junto ao Leste do Rio Grande do Sul.
A pressão no centro do ciclone pode cair a valores tão baixos quanto 980 hPa ou menos, equivalentes a de um furacão categoria 1 fosse um ciclone tropical no Atlântico Norte.
O modelo norte-americano, em sua saída da madrugada desta segunda-feira, projetava 979 hPa no centro do ciclone junto à costa do Sul gaúcho na tarde da terça-feira, mas à medida que o sistema se desloca para Norte a pressão central tende a subir, embora siga excepcionalmente baixa.
Desde o furacão Catarina, de março de 2004, não se observava os modelos indicarem pressão tão extraordinariamente baixa junto à costa do Rio Grande do Sul.